O governo de Israel reconheceu que falhou ao não conseguir prever os ataques do grupo terrorista Hamas. Em entrevista coletiva neste sábado, 14, o conselheiro de Segurança de Israel, Tzachi Hanegbi, afirmou que os israelenses acreditavam ter neutralizado o grupo no último conflito em 2021. “O objetivo agora é garantir que não haverá mais um movimento ativo e soberano do Hamas. O movimento seria capaz de nos ameaçar na Faixa de Gaza“, comentou. O conselheiro também falou sobre a retirada dos reféns e os próximos passos do governo de Israel. “Não posso falar que há negociações porque agora não tem como negociar com um inimigo que nós juramos eliminar”, frisou. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitou o exército israelense fora da Faixa de Gaza neste sábado, 14. Na oportunidade, Netanyahu questionou se os militares estavam prontos para o contra-ataque.
O ataque do grupo Hamas a Israel, não só deixou o país vulnerável e colocou em dúvida seu sistema de segurança, um dos mais eficazes do mundo, como também manchou a imagem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que depende do desfecho da guerra para manter o seu legado. Durante a semana, um dos principais jornais do país culpou o premiê pela atual situação que acontece desde o dia 7 de outubro e disse que sua obsessão pelos assentamentos na Cisjordânia, junto a sua aliança com a extrema-direita, que fez com que ele voltasse ao poder no final de 2022, foram os responsáveis pelo ataque orquestrado pelo Hamas. Diante do acontecido, e do conflito que já deixou mais de 3.000 mortos, Netanyahu tem trabalho duro para reverter a situação e se mostrar ser aquele personagem com a qual se vendeu para o público: o único capaz de manter a segurança de Israel.
*Com informações da repórter Letícia Miyamoto.
Fonte: Jovem Pan News
Comentários