O constante avanço da exploração espacial requer pesquisas para viabilizar a presença humana nos ambientes mais inóspitos por cada vez mais tempo. Um dos próximos desafios nesse sentido são as futuras missões para Marte e viagens mais longas à Lua, que dependem de mecanismos sustentáveis, mas que também sobrevivam às condições extremas do espaço. A menor planta com flores da Terra é uma das soluções para a sobrevivência de astronautas em missões espaciais de uma forma curiosa e importante.
Sobrevivência no espaço
A Wolffia é a menor planta com flores do planeta. Ela é encontrada flutuando nas superfícies de lagos e lagoas no continente asiático, e se reúnem umas as outras em aglomerados minúsculos.
Essa planta tem duas vantagens. A primeira é que ela não tem raízes, caules ou folhas e pode sobreviver sem a conexão ao solo, apenas boiando na água. A segunda é que ela libera oxigênio e é fonte de proteínas, podendo servir como alimento para astronautas no espaço.
Testes
Para testar a Wolffia, cientistas da Universidade Mahidol, na Tailândia, simularam condições de hipergravidade, uma gravidade mais intensa, durante meses.
A planta tem um ciclo de vida que vai de cinco a 10 dias e foi cultivada em caixas equipadas com LEDs que simula a luz solar natural.
Segundo o site Space.com, para testar como a Wolffia responderia a diferentes níveis de gravidade, os pesquisadores a colocaram em uma centrífuga de oito metros de largura com quatro braços e a giraram repetidamente em diferentes modos, para imitar condições extremas diferentes.
Conclusões positivas para a vida no espaço
A Wolffia se apresentou pouca ou nenhuma diferença quando submetida a diferentes tipos de gravidade simulados. Ou seja, há uma grande possibilidade de servir para ajudar na sobrevivência no espaço, uma vez que produz oxigênio através da fotossíntese e é uma boa fonte de proteína.
De acordo com um biólogo vegetal que fez parte do estudo, a planta inclusive já é consumida na Terra com outros alimentos, como sopa ou parte da salada, e outra vantagem é que pode ser cultivada no espaço justamente pela ausência de raízes.
Os pesquisadores ainda testarão a planta em mais situações e simulações.
Fonte: Olhar Digital
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