Os diamantes carregam consigo um grande valor financeiro, mas também científico. E é claro que quanto mais raro, mais riqueza envolvida. É o caso de um diamante azul de 20 quilates. Batizado de Okavango Blue Diamond, ele foi descoberto na mina de Orapa, em Botsuana, na África, e guarda segredos sobre o nosso planeta.

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O diamante contém mais boro do que nitrogênio

O que está por trás da coloração azul?

A cor azul do Okavango é um efeito do próprio boro. Segundo os pesquisadores, a colisão entre placas tectônicas foi responsável por essa coloração em um fenômeno conhecido por subducção e que ocorreu há cerca de três bilhões de anos.

Desde o primeiro momento em que vimos o diamante, ficou claro que tínhamos algo muito especial. Todo mundo que viu o diamante polido de 20 quilates ficou maravilhado com sua coloração única, que muitos veem como diferente de qualquer pedra azul que já viram antes. É incrivelmente incomum que uma pedra dessa cor e natureza tenha vindo de Botsuana – um achado único na vida.

Marcus ter Haar, da Okavango Diamond Company

Okavango Blue Diamond (Imagem: divulgação/Okavango Diamond Company)

Como uma pedra bruta, o Okavango pesava 41,11 quilates, mas a partir da lapidação recebeu uma das mais altas classificações de cores polidas.

Os diamantes são tipicamente incolores como amálgamas de átomos de carbono, mas as impurezas podem dar-lhes cores diferentes.

Os coloridos são raros, representando cerca de 0,01% das pedras extraídas em todo o planeta. Azul, rosa, verde, violeta, laranja e vermelho são os mais difíceis de serem encontrados. Já amarelo e marrom são um pouco mais comuns.