Um estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford apontou que o uso de dispositivos vestíveis digitais pode rastrear a progressão da doença de Parkinson de forma mais eficaz do que a observação clínica humana. Ao analisar mais de 100 métricas captadas pela tecnologia, os especialistas conseguiram verificar mudanças sutis nos movimentos de pacientes.
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Como funciona o sistema
Os pesquisadores utilizaram seis sensores por paciente: no peito, na base da coluna e um em cada pulso e pé. Estes dispositivos são capazes de rastrear 122 métricas fisiológicas que indicam de perto a progressão da doença, incluindo a direção que um dedo do pé se move durante um passo e o comprimento e regularidade das passadas.
Até agora, os testes de medicamentos para Parkinson dependiam da avaliação clínica do indivíduo. Em outras palavras, o médico precisava ver com os próprios olhos indicativos de que um determinado tratamento estava retardando a progressão da doença. O problema é que a observação clínica pode perder mudanças que acontecem no dia a dia ou que podem não aparecer claramente em visitas periódicas a um profissional da saúde.
No artigo, os autores do estudo concluíram que os sensores se mostraram mais eficazes em rastrear a progressão da doença “do que as escalas de classificação clínica convencionalmente usadas”.
Para capturar os diversos movimentos do usuário, os sensores empregaram tecnologias, incluindo acelerômetros e giroscópios, que se tornaram cada vez mais comuns em relógios digitais e smartphones. Juntos, esses dispositivos podem medir a direção, a marcha, a regularidade do movimento e muito mais.
Os pesquisadores acreditam que o mesmo sistema pode ser utilizado para rastrear outras doenças. Mas ressaltam que os médicos continuarão a ser uma parte vital do processo de identificação e observação de tratamentos feitos por pacientes.
Fonte: Olhar Digital
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