Quando ouvimos falar de desertos pensamos logo em paisagens amareladas e quentes formadas por dunas, mas apesar disso, o clima desértico não é definido por altas temperaturas e areia, e sim por precipitação. Assim, algumas regiões frias, como o Atacama e a Antártica, também são consideradas desérticas.

Por definição, os desertos são as regiões com muito pouca precipitação e falta de umidade. Essas condições são fracas para retenção de calor, fazendo com que mesmo os quentes tenham baixas temperaturas durante a noite.

Nos desertos frios, as baixas temperaturas predominam tanto durante o dia, quanto durante a noite e geralmente são encontrados em regiões temperadas e altas, como planaltos e entre cadeias de montanhas. Muitas vezes no interior dos continentes, longe de grandes corpos de água e da umidade junto deles.

Exemplos de desertos frios

Regiões de clima desértico frio (Crédito: Beck, HE et al., Nature Scientific Data, 2018 ( CC BY 4.0 DEED )

Gobi, norte da China e sul da Mongólia

Patagônia, Argentina

Ártico e Antártica

Além dos desertos frios, também existem regiões do Ártico e do Antártico que são consideradas desérticas, caracterizando-as como desertos polares. A Antártica, por exemplo, é o continente mais seco da Terra e o Deserto Antártico é o maior do mundo, com precipitação abaixo de 50 milímetros por ano.

As regiões conhecidas como Vales Secos na Antártica não tem precipitação nem na forma de chuva ou neve e gelo há pelo menos dois milhões de anos.

Essas condições são porque as baixas temperaturas não permitem a formação de vapor de água, ou seja, umidade atmosférica, na região, resultando em menos precipitação. Além disso, os Vales Secos são cercados de montanhas que não permitem a entrada de nuvens úmidas.

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