A batalha legal entre a Gradiente e a Apple pela marca “iPhone” no Brasil ganhou um novo capítulo com a entrada do ex-presidente Michel Temer como advogado da empresa brasileira.

Para quem tem pressa:

A IGB Eletrônica, dona da marca Gradiente, contratou Temer para reforçar sua defesa no processo, que se arrasta desde 2013. Recentemente, ele atuou na defesa do Google durante as discussões sobre o Projeto de Lei das Fake News.

Além da carreira política, Temer é advogado renomado com doutorado em Direito Público. Ele também ficou conhecido por seu envolvimento em casos de grande relevância.

Michel Temer, Apple e Gradiente

Homem segurando iPhone 12 mini
(Imagem: Trusted Reviews)

A controvérsia entre as empresas começou quando a Gradiente solicitou o registro da marca “Iphone” para sua linha de acessórios em 2000.

O Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) concedeu o direito de uso em 2008, um ano após o lançamento pela Apple do seu primeiro modelo de iPhone.

A gigante de tecnologia entrou com o processo em 2013, alegando que o uso da marca por outra empresa poderia confundir os consumidores brasileiros.

A Gradiente, por sua vez, argumenta que obteve o registro antes da empresa estadunidense e, portanto, tem o direito de utilizar o nome.

A diferença central na disputa reside na forma de escrita da nomenclatura: enquanto a empresa brasileira utiliza “Iphone”, a Apple emprega “iPhone”.

A batalha legal atualmente está sob análise no Supremo Tribunal Federal (STF), com votos de cinco ministros. Entretanto, o desfecho permanece incerto, uma vez que a corte demonstra estar dividida em relação à interpretação do caso.

Dias Toffoli e Gilmar Mendes votaram a favor da Gradiente, enquanto Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes se posicionaram a favor da Apple.