O câncer de mama já ultrapassou os casos do de pulmão, tornando-se o mais comum no mundo inteiro, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por outro lado, a chegada da tecnologia e, principalmente, a inteligência artificial apresenta uma nova estratégia para auxiliar na descoberta do diagnóstico precoce da doença.
Algumas operadoras já estão em períodos de testes para a aplicação da tecnologia, mas como funciona essa nova forma de acelerar o processo de descoberta do câncer de mama? Entenda agora neste artigo!
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Como é a Inteligência artificial que contribui para o diagnóstico do câncer de mama?
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), até 2022 foram diagnosticados no Brasil 66.280 novos casos de câncer de mama, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Somente em 2017, ocorreram cerca de 16.724 óbitos por câncer de mama entre mulheres, o equivalente a um risco de 16,16 por 100 mil.
Estudos recentes, podem mudar essa realidade com o auxílio de um diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de cura e de sobrevida de pacientes com a doença.
Um desses foi realizado pela pesquisadora Daniella Castro Araújo, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Com um algoritmo de inteligência artificial (IA), a pesquisadora criou um método que auxilia médicos a interpretar exames de sangue. Dessa forma, a tecnologia pode ajudar a identificar de maneira precoce o câncer de mama.
Segundo Daniella, a IA é utilizada para reconhecer padrões em grupos de pacientes com e sem câncer e a sua aplicação pode ajudar a otimizar a fila da mamografia, já que há muitas mulheres que não tem acesso a esse exame.
Como a IA para descobrir diagnóstico de câncer de mama foi desenvolvida?
Durante seu desenvolvimento, foi usado um aplicativo de análise de bancos de dados de instituições como o Hospital de Amor, em Barretos (SP), e o Grupo Fleury, rede de laboratórios com atuação em São Paulo. Para isso, eles reuniram resultados de exames como mamografias, exames de sangue e biópsias usadas para diagnosticar o câncer de mama de forma precisa.
Na sequência, separaram mulheres em dois grupos diferentes, um formado de pacientes com a doença e outro formado por pacientes sem.
Dessa forma, os pesquisadores avaliaram exames de sangue realizados até seis meses antes do diagnóstico final. A taxa de acerto chegou a 70% e, se incluídos mais dados, como laudos e outros exames no histórico, a assertividade pode chegar até 90%.
Outra tecnologia semelhante foi idealizada pela empresa coreana Lunit®️ e será aplicada em fase de teste no Hospital Beneficência Portuguesa. Nesse caso, a taxa de assertividade de diagnóstico é de 97%.
Quando colocado em prática, a inteligência artificial fará uma análise dos exames de mamografia para detectar focos suspeitos de câncer de mama, como microcalcificações e nódulos mamários.
O mais interessante é que, nesse caso, quando o local do possível tumor é encontrado, há uma programação para fazer uma espécie de marcação no ponto exato, facilitando a análise por parte do médico. Incrível, não é mesmo?
Fonte: Olhar Digital
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