Defesa de Anderson Torres questiona relatório da CPMI do 8 de Janeiro
Os advogados do ex-ministro Anderson Torres contestam o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) na CPMI do 8 de Janeiro. Eles classificam partes do relatório como “meras conjecturas” e afirmam que não há provas do envolvimento de Torres nos eventos de 8 de Janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. Em um documento de 15 páginas, pedem esclarecimentos e a revisão do pedido de indiciamento, argumentando que tal ação seria injusta e prejudicial à reputação de Torres.
Os advogados rebatem uma alegação do relatório de Eliziane, que dizia que Torres era uma das autoridades públicas mais informadas sobre ameaças de golpe de Estado. Eles pedem provas que sustentem essa afirmação. Além disso, solicitam evidências que demonstrem a cooptação de peritos por Torres e que comprovem seu conhecimento sobre o conteúdo de uma transmissão ao vivo em julho de 2022, ao lado de Jair Bolsonaro. Também questionam se Torres atendeu aos pedidos do ex-presidente e sobre um possível conluio com Silvinei Vasques, outro alvo de pedido de indiciamento.
A defesa minimiza a relevância da minuta de um golpe encontrada na casa de Torres, sugerindo que outros agentes políticos receberam documentos semelhantes e não foram indiciados. Pedem que a relatora esclareça o valor jurídico desse achado, chegando até a chamá-lo de “minuta do Google”. A senadora Eliziane Gama, no entanto, afirma que o documento estava de fácil acesso e próximo aos bens pessoais de Torres, questionando a alegação de que seria descartado. Além de Torres, outros pedidos de indiciamento incluem o ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, Rodoviária Silvinei Vasques, Walter Braga Netto e Augusto Heleno, entre outras autoridades.
Fonte: Jovem Pan News
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