Um novo recorde foi quebrado pelo helicóptero Ingenuity, da NASA, em Marte: a primeira aeronave da história a voar em outro mundo saiu do chão pela 62ª vez – e mais veloz do que nunca.
Durante o voo, que aconteceu na última quinta-feira (12), o pequeno drone de 1,8 kg subiu 18 metros do solo e permaneceu no ar por 121,1 segundos, enquanto cobria uma distância de 268 metros a 22 m/s.
As informações constam no registro de voo do helicóptero, atualizado pela NASA na noite de terça-feira (17). A agência também compartilhou o feito no X (antigo Twitter) do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), responsável pela missão.
Encarregado de provar que a exploração aérea é possível em Marte, apesar da fina atmosfera do planeta, o helicóptero Ingenuity pousou no chão da Cratera Jezero no dia 18 de fevereiro de 2021, junto com seu parceiro de missão, o rover Perseverance.
A princípio, a intenção da equipe era de que o drone realizasse apenas cinco sobrevoos de demonstração de tecnologia, mas, com o sucesso da empreitada, o trabalho foi estendido. Até agora, ele já voou por mais de 112 minutos, cobrindo em torno de 14 quilômetros de terreno marciano.
NASA usa o Ingenuity como navegador do rover Perseveranceem Marte
O helicóptero movido a energia solar deixa seu nome registrado nos anais de história da aviação espacial, cumprindo com louvor a missão de US$85 milhões de dólares, e ainda com saúde para trabalhar por mais tempo.
Ele também está fazendo um trabalho de exploração para o rover Perseverance em seus passeios mais longos e ambiciosos, ajudando a equipe da missão a planejar rotas e escopos de potenciais alvos científicos.
Pioneiro em determinadas tecnologias e capacidades, o Ingenuity passou por todos os desafios que atravessou até agora para mostrar que o futuro é muito favorável para a exploração aérea em Marte.
“Já iniciamos os primeiros esforços para investigar como o helicóptero Ingenuity ou plataformas semelhantes a ele agem para fazer coisas como carregar cargas científicas, como elas podem ser naves espaciais autônomas e completamente autossustentáveis que não estão ligadas a algo como um rover para cobrir distâncias maiores e acessar uma variedade de alvos científicos”, disse Jaakko Karras, vice-líder de operações do Ingenuity no JPL, em entrevista ao site Space.com.
Ele conclui com uma mensagem de esperança. “Olhando para trás daqui a cinco ou dez anos, veremos que este foi o trampolim, o precursor da exploração aérea maior e mais ousada em Marte”.
Fonte: Olhar Digital
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