Harald Bluetooth é um dos mais celebrados líderes vikings, conhecido por unificar o povo da Dinamarca sobre seu reinado entre os anos de 958 e 985. Novas pesquisas, no entanto, revelaram outra liderança entre esses guerreiros – tão amada quanto ele, ou até mais: sua mãe, Thyra.
O que se sabe sobre a viking Thyra:
Agora, por meio de um estudo conduzido por pesquisadores do Museu Nacional da Dinamarca, do Conselho do Patrimônio Nacional Sueco e do Conselho Administrativo do Condado da Suécia Ocidental, foram encontradas evidências de que a rainha foi mais importante do que se pensava. Os resultados foram descritos em um artigo publicado este mês na revista Antiquity.
A análise de dois grupos de pedras rúnicas encontrados em Jelling, a sede real da monarquia Viking, revelou quatro menções a Thyra. Em comparação, o nome de seu marido foi encontrado apenas uma vez. Além disso, a inspeção, com a distribuição geográfica das pedras, indicou que a rainha foi uma das figuras-chave na construção do reino dinamarquês.
Um dos grupos de pedras contêm inscrições dizendo que Thyra era “a força e a salvação da Dinamarca”, enquanto o outro, conhecido como Pedras Ravnunge-Tue, refere-se a ela com palavras que podem significar “senhora” ou “rainha”. Provavelmente, os inscritos rúnicos falam da mesma mulher.
Pedras rúnicas indicam posição de poder da líder viking
As pedras rúnicas na tradição viking eram coloridas e projetadas para se parecerem com navios. Elas eram erguidas em locais como túmulos, cemitérios e encruzilhadas, e uma única pedra era dedicada a um indivíduo, geralmente homens – menos de dez inscrições foram encontradas até agora dedicadas a mulheres, quatro delas à Thyra.
Se aceitarmos que as pedras rúnicas eram manifestações graníticas de posição, linhagem e poder, podemos sugerir que Thyra era de fato de descendência real, da Jutlândia (península europeia onde está localizada a Dinamarca). Essas honras apontam para uma mulher poderosa, que detinha posição, terras e autoridade por direito próprio.
Trecho do artigo
As descobertas também sugerem que túmulo vazio localizado próximo às pedras rúnicas, anteriormente associado a Gorn, pode, na verdade, pertencer à Thyra. Estudos anteriores já indicavam a presença de guerreiras vikings lutando ao lado de homens, mas este é o primeiro a apontar que uma delas tenha sido líder.
Fonte: Olhar Digital
Comentários