Cientistas da Universidade de Bath, na Inglaterra, criaram um adesivo de pele capaz de fornecer uma dosagem controlada de medicamento diretamente no corpo. Assim, não são mais necessárias injeções ou a administração de medicação por via oral. A tecnologia foi descrita na revista Biomaterials Advances.
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Adesivos são mais baratos
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Benefícios da tecnologia
Um dos diferencias da nova tecnologia é que as microagulhas são pouco visíveis e perfuram sem dor as primeiras camadas da pele. O contato com o fluido sob a barreira cutânea faz com que as agulhas “hidrofílicas” inchem, permitindo que uma dosagem específica da droga seja administrada no corpo.
Em experimentos realizados em Bath, após o inchaço, os adesivos entregaram doses de antibióticos que provocaram uma forte resposta contra duas bactérias conhecidas por causar infecções graves – Escherichia coli (E. coli) e Staphylococcus aureus.
O adesivo também funciona ao contrário, extraindo pequenas quantidades de líquido sob a pele para análise médica. Isso pode ser útil, por exemplo, para monitorar os níveis de lactato (um componente do ácido lático) e outros produtos químicos em pacientes com uma infecção.
As injeções são invasivas e caras, e não servem para todos. Muitas pessoas são fóbicas com agulhas e são compreensivelmente relutantes em receber medicamentos por injeção, mesmo quando o tratamento é realmente necessário. Outros são inadequados para injeções – por exemplo, pacientes idosos com pele fina.
Dra. Hannah Leese, engenheira química da Universidade de Bath
Os pesquisadores ainda ressaltam que, às vezes, o uso de agulhas pode introduzir patógenos, como bactérias, que podem causar infecções, especialmente em pessoas com baixa imunidade. Com a nova tecnologia esse risco é descartado.
Os adesivos são capazes de fornecer medicamentos que circulam por todo o corpo quanto medicamentos que precisam permanecer mais localizados – por exemplo, quando há uma infecção em uma seção discreta da pele. Também há espaço para que os adesivos forneçam vacinas e monitorem os níveis hormonais.
Agora, a tecnologia será testada em animais antes de passar para testes clínicos em humanos.
Fonte: Olhar Digital
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