Anualmente, o concurso Nikon Small World elege as melhores imagens captadas por microscopia de luz. Também chamadas de fotomicrografias, essas capturas incríveis mostram detalhes do mundo que são invisíveis – pelo menos, para o olho humano.
Na última terça-feira (17), foram anunciados os vencedores de 2023, ano que marca a 49ª edição da disputa. Desta vez, a organização recebeu quase 1,9 mil fotos, enviadas de 72 países, que revelam o lado artístico da ciência.
As obras foram julgadas por cinco especialistas, que selecionaram 86 registros: 20 vencedores, oito menções honrosas e 58 imagens de destaque.
Olho de camundongo leva o ouro
A foto vencedora deste ano foi feita pelo pesquisador Hassanain Qambari, com a ajuda de Jayden Dickinson, do Lion’s Eye Institute, um centro de pesquisa da visão em Perth, na Austrália. Ela mostra a retina de um camundongo centrada no nervo óptico, que transmite informações entre o olho e o cérebro.
“A imagem dá uma noção de quais estruturas estão em jogo e quanta energia é usada a partir do momento em que abrimos os olhos”, diz Qambari.
Os autores esperam que a repercussão da foto possa aumentar a conscientização sobre a retinopatia diabética. Esta condição ocorre quando o açúcar elevado no sangue danifica os vasos sanguíneos na retina, fazendo com que eles inchem e vazem. Isso, por sua vez, pode dificultar a visão do paciente — e, eventualmente, levar à perda da visão.
É fogo!
Provando que a fotomicrografia abrange uma ampla gama de disciplinas científicas, o segundo colocado não tem qualquer relação com o tema da imagem campeã.
Ole Bielfeldt, um artista digital de 22 anos da Alemanha, garantiu a “medalha de prata” ao capturar o momento em que a ponta de um palito de fósforo acendeu enquanto raspava a superfície lateral da caixinha.
O jovem publica regularmente fotos e vídeos macro nas redes sociais, onde é conhecido como “Macrofying“. Seus registros são visões altamente detalhadas e ampliadas de objetos do dia a dia, desde uma tigela de cereais até uma gota de colírio.
Beleza no câncer
Malgorzata Lisowska, uma cientista independente da Polônia, conseguiu dar beleza às células destrutivas do câncer de mama, conquistando o terceiro lugar na competição.
PhD em imunologia, Malgorzata é membro do Centro Internacional de Ciência de Vacinas contra o Câncer, da Universidade de Gdańsk. “Tenho uma formação médica veterinária que me ajudou na identificação de novos alvos para a potencial nova imunoterapia em cânceres”, explica a autora da foto, que mostra as células vermelhas e rosa formando um coração.
O perfil oficial do concurso no X (antigo Twitter) divulgou um clipe com as cinco primeiras colocadas.
Para conhecer as outras imagens premiadas no 49º Nikon Small World, clique aqui. E as inscrições para a 50ª edição já estão abertas – os interessados podem acessar este link para saber como concorrer no ano que vem!
Fonte: Olhar Digital
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