A princípio, a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas não deverá afetar os preços do petróleo e, consequentemente, dos combustíveis no Brasil. Mas se o conflito se estender para outros países produtores de petróleo no mundo árabe, aconteceria uma “tempestade perfeita”. Foi o que disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, nesta quinta-feira (19).

Para quem tem pressa:

Prates fez esses comentários após uma reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O objetivo da reunião foi apresentar o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham al-Ghais, que está em visita ao Brasil para discutir temas relacionados à transição energética.

Impactos da guerra Israel-Hamas no Brasil

Domo de ouro em Israel
(Imagem: Alistair/Flickr)

O presidente da Petrobras também admitiu que, para além das preocupações humanitárias, um possível envolvimento de países como Egito e Irã na guerra seria particularmente prejudicial para o Brasil, que já enfrenta preços elevados dos combustíveis.

Apesar da preocupação com um possível alastramento do conflito, Prates explicou que, até o momento, não há indícios concretos de que isso irá acontecer.

Atualmente, o preço do barril de petróleo está em torno de US$ 91 (aproximadamente R$ 460). Prates indicou que, enquanto a situação não se estender para países produtores, é provável que os preços permaneçam relativamente estáveis.

Essa visão é compartilhada pela Opep, de acordo com Prates, que afirmou que a organização não tem intenção de se envolver no momento. No entanto, ele ressaltou que não pode falar pelos outros países.

Sobre uma possível discussão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre os impactos da guerra nos preços dos combustíveis, Prates afirmou que ainda estão organizando a agenda, levando em consideração a convalescença do ex-presidente.