O preço da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras irá diminuir a partir deste sábado (21). Já o valor do diesel terá aumento a partir da mesma data. Esse é o primeiro comunicado do tipo da empresa após o início da guerra entre Israel e Hamas no Oriente Médio, que causou aumento do preço do barril de petróleo.

Leia mais

Novos valores de venda para as distribuidoras

Fachada de prédio da Petrobras
Petrobras citou a guerra no Oriente Médio como justificativa para mudança nos preços (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Aumento do preço do petróleo foi citado pela Petrobras

A mudança nos preços da Petrobras só afeta a comercialização com as distribuidoras. O reajuste de valores nos postos de combustíveis depende exclusivamente dos estabelecimentos. Além disso, levam em conta os impostos e a margem de lucro das distribuidoras e revendedoras.

A empresa explicou que os seus preços para as distribuidoras estariam no intervalo entre o maior valor que um comprador pode pagar antes de querer procurar outro fornecedor e o menor valor que a Petrobras pode praticar na venda mantendo o lucro.

A estratégia comercial que adotamos nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a Petrobras competitiva no mercado e ao mesmo tempo evitar o repasse de volatidade para o consumidor.

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras

A petroleira anunciou em maio deste ano mudanças em sua política de preços. Desde então, a estatal não segue mais a política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior.

No entanto, apesar de a Petrobras produzir grande parte da gasolina e diesel consumidos no Brasil, o país ainda depende de importações, cujos preços são definidos de acordo com a cotação internacional. A empresa afirmou que a nova estratégia ajudou a mitigar “os efeitos da volatilidade e da alta abrupta de preços externos”.

Nesta quarta-feira (18), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, falou sobre o assunto e descartou o risco de desabastecimento de combustíveis no Brasil por causa do aumento de quase 10% no preço do barril de petróleo causado pela guerra entre Israel e Hamas.