Combater a dengue é um desafio que enfrentamos todos os anos, principalmente no verão, quando os mosquitos transmissores da doença se reproduzem mais. Porém, parece que está cada vez mais difícil controlar o número de casos no Brasil. Para ajudar com essa tarefa, existem duas armadilhas para mosquito da dengue.
Essas duas iniciativas foram idealizadas paralelamente, uma pela prefeitura de São Paulo e outra pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Apesar de muito parecidas, ambas atuaram sem o conhecimento uma da outra. Se você quer saber o que é esse aparato e como funciona, o Olhar Digital explica para você.
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Como funciona a armadilha para mosquito da dengue?
A armadilha para mosquito da dengue que a prefeitura de São Paulo comprou foram desenvolvidas pela empresa holandesa In2care. Cada armadilha – com custo unitário de R$ 400 – foi projetada em um balde preto, desenhado para atrair a fêmea do Aedes aegypti.
No balde, há um tecido instalado que contém o larvicida piriproxifeno e o fungo Beauveria bassiana, substâncias que são transmitidas para o Aedes no momento em que ele repousa no local.
Quando o mosquito transmissor da dengue entra e sai do balde, ele leva o larvicida com ele. Assim, quando chega em outros criadouros, ele contamina esses lugares e impede que eles possam desenvolver novas larvas. Além disso, o fungo diminui a capacidade de o inseto transmitir a dengue e, em cerca de dez dias, leva-o à morte.
No vídeo abaixo, é possível conhecer detalhes da armadilha para o mosquito da dengue:
Em resumo, as armadilhas:
Já a alternativa nacional, desenvolvida pela Fiocruz Amazônia em 2011, é chamada de Estação Disseminadora de Larvicida (EDL). A armadilha é semelhante, pois é feita com um balde de plástico pintado de preto e uma malha impregnada de piriproxifeno no seu interior. A diferença é que não é utilizado o fungo Beauveria como no equipamento da In2care.
O equipamento em período de teste, conduzido pela Fiocruz no município de Manacapuru (AM), teve uma excelente eficácia, apontado uma redução de 80% da população de mosquitos da cidade após a utilização das EDLs.
Somente em um bairro de Manaus, Tancredo Neves, os pesquisadores registraram um aumento significativo na mortalidade de larvas, que passou de 4% para 75%. O interessante é que essa armadilha custa apenas R$ 10 e é feita manualmente, de forma que pode ser produzida pelas próprias equipes de vigilância dos municípios.
Ao que tudo indica, se a armadilha para mosquito da dengue comprovar sua viabilidade nas residências, estamos diante de uma mais nova estratégia para combater a doença, o que é ótimo para eliminar em grande escala a população dos transmissores nas residências.
Fonte: Olhar Digital
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