Neste sábado, 21 de outubro, a General Motors (GM) fez demissões em suas fábricas em São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, todas localizadas no estado de São Paulo. A montadora alegou uma significativa diminuição nas vendas e exportações, o que a levou a tomar a decisão drástica de demitir trabalhadores em massa.
Os funcionários, contudo, não foram informados de maneira tradicional ou pessoal sobre a decisão. Em vez disso, receberam a notícia por telegrama, o que gerou surpresa e descontentamento entre os trabalhadores. Até o momento, a GM não divulgou o número exato de funcionários afetados pelas demissões.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região publicou uma foto de um dos telegramas recebidos pelos trabalhadores, que pode ser vista abaixo. Na mensagem, assinada pela General Motors do Brasil Ltda, a empresa diz “a queda nas vendas levou General Motors a adequar seu quadro de empregados”, seguindo com o comunicado da rescisão contratual a partir desta segunda-feira, 23 de outubro.
A justificativa da empresa para essa ação foi a necessidade de se adequar à atual realidade do mercado, marcada pela retração nas vendas de veículos e nas exportações. Em nota ao g1, a GM afirmou:
A queda nas vendas e nas exportações levaram a General Motors a adequar seu quadro de empregados nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro.
GM em nota ao g1
A unidade de São José dos Campos, onde são produzidos os veículos S10 e Trailblazer, emprega cerca de 4 mil trabalhadores. Em São Caetano do Sul, onde são fabricados modelos como Spin, Tracker e Montana, mais de 7 mil pessoas estão empregadas. A unidade de Mogi das Cruzes, que produz peças de montagem para a S10, conta com cerca de 500 trabalhadores.
Resposta dos sindicatos
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, repudia veementemente a demissão covarde, que, além de São José, também atinge as plantas de Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul. Desde já, a entidade exige o cancelamento de todas as demissões e a reintegração de todos os trabalhadores.
Sindicato em nota
Fonte: Olhar Digital
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