O Escritório de Coordenação de Defesa Planetária (PDCO, na sigla em inglês) da NASA divulgou recentemente um infográfico de rotina. No infográfico, o escritório da agência espacial que lida com objetos próximos à Terra (NEOs, na sigla em inglês) sugere que existem cerca de 50 asteroides com mais de um quilômetro de comprimento e cerca de 14 mil com mais de 140 metros, que ainda não foram detectados.

O PDCO foi criado em 2016, com a missão de proteger a Terra de ameaças de impacto de cometas e asteroides. Assim, sua missão, além de reduzir os efeitos de uma possível colisão e evitar que elas aconteçam, também envolve catalogar NEOs e analisar os riscos de impacto.

Para detectar os objetos potencialmente perigosos, o escritório conta com diversos telescópios espalhados pelo mundo todo, que até 3 de agosto, já haviam submetido mais de 450 milhões de observações ao Minor Planet Center, um centro de estratégias do PCDO. Até a data do levantamento publicado no relatório, 32412 asteroides de todos os tamanhos foram detectados por astrônomos profissionais e amadores.

Existem cerca de 50 asteroides com mais de um quilômetro e outros 14 mil com mais de 140 metros ainda não detectados
Existem cerca de 50 asteroides com mais de um quilômetro e outros 14 mil com mais de 140 metros ainda não detectados (Crédito: NASA)

No entanto, o problema é que os asteroides detectados com mais de 140 metros, representam apenas 43% dos objetos desse tamanho que estima-se existirem. Assim, cerca de 14 mil rochas, além de outras 50 com mais de um quilômetros, estão agora no escuro orbitando sobre nossas cabeças, podendo representar um risco para a Terra.

Riscos de asteroides colidirem com a Terra

Apesar de nenhum desses objetos escondidos ser tão grande quanto o que atingiu a península de Yucatán, com cerca de 10 quilômetros de comprimento, esses asteroides ainda podem causar muitos problemas caso colidam com a Terra, mesmo os com 140 metros.

Como comparação, o asteroide que explodiu sobre o distrito de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, tinha apenas 20 metros de comprimento. No entanto, foi o suficiente para que quebrasse vidros e janelas e deixasse mais de 1400 pessoas feridas.

Planos e estratégias para evitar com que colisões e impactos aconteçam já estão sendo traçados pela PDCO, e uma defesa planetária preventiva já até foi testada. A missão DART, por exemplo, em 2022 colidiu com asteroide lunar Dimorphus, mudando para sempre sua trajetória e provando a eficiência da estratégia de defesa.