O sonho do torcedor do Lyon ao receber o investimento do grupo de John Textor era o de voltar a disputar títulos, como em tempos não tão distantes, quando chegou a ter a hegemonia da França. A realidade tem sido muito mais dura. A equipe gerida pelo mesmo proprietário do Botafogo chegou, nesta rodada, no fundo do poço. Ou melhor, no fundo da tabela. E sem sinais de reação.
A campanha do Lyon de Textor é, com sobras, a pior da história ao fim de nove rodadas. Seria difícil fazer pior. Não há vitórias na conta do time, que é o pior ataque, com sete gols, ao lado do vice-lanterna Clermont, e segunda pior defesa, com 18 gols sofridos, melhor apenas que o Lorient, 12º colocado. Foram três pontos somados até aqui, em três empates, 11% de aproveitamento de pontos.
Não há como escapar às críticas. Há um mês, o Lyon demitiu Laurent Blanc do comando, na esperança de uma reação ainda no início do Francês. O efeito não foi o esperado. Fabio Grosso comandou a equipe em quatro partidas, e sem vencer. É impossível não pensar no rebaixamento, embora John Textor garanta que a luta e mais acima.
“Não olhamos para baixo, olhamos para cima. Quem quiser falar sobre rebaixamento, só quer espalhar medo. Parece uma brincadeira, não levo a sério. Entendo a sua pergunta, mas é um absurdo”, rebateu Textor após derrota para o então lanterna, Clermont.
A expectativa para 2023/24 era de um ano mais estável em relação ao anterior. Afinal, o Lyon viveu momentos de crise, assim como outros projetos de Textor, como foi tema de artigo à época em oGol. No fim, o clube não conseguiu vaga para competições da Europa, com o sétimo posto, o que trouxe mais desafios para convencer nomes a reforçar o elenco, além de limitações de orçamento.
Não foi um mercado de grandes movimentações para o Lyon. Com um time jovem, a esperança era na evolução natural dos talentos, com alguns jogadores mais experientes para liderar o projeto, como Lacazette (32 anos), Tolisso (29), Lovren (34) e Tagliafico (31). O último foi afastado por Grosso motivado, supostamente, pela presença do atleta na platéia na Copa do Mundo de Rugby para acompanhar a seleção argentina na semifinal, em uma sexta-feira, dois dias antes da fatídica derrota para o Clermont.
De um lado Textor tem tido sucesso na gestão do Botafogo, mas do outro, o seu desempenho pelo Lyon ainda tem deixado a desejar na França. O mercado de janeiro já é visto como vital para evitar uma decepção maior em 2023/24.
Fonte: Ogol
Comentários