Um dado de cerca de dois mil anos foi encontrado recentemente em um antigo assentamento celta em Samborowice, na Polônia. A descoberta foi feita por pesquisadores liderados pelos arqueólogos Jacek Soida, curador do Departamento de Arqueologia do Museu da Silésia, em Katowice, e Przemysław Dulęba, da Universidade de Wrocław, em Breslávia.
O grupo já investiga a região há 11 anos. Além do dado, outros três itens arqueológicos foram encontrados no local nas escavações de 2023.
Sobre os dados celtas:
Não temos certeza se foi uma falsificação ou se o item foi usado para um jogo desconhecido para nós atualmente.
Jacek Soida, curador do Departamento de Arqueologia do Museu da Silésia, na Polônia, e líder das investigações, em comunicado
Além do dado, também foi encontrado uma fíbula de ferro (tipo de fecho decorativo de mantos). Apesar de ser uma descoberta comum, esse artefato chama atenção e o torna único por estar extremamente preservado.
Durante o trabalho de campo deste ano, os arqueólogos descobriram ainda dois edifícios que foram originalmente escavados no solo (os chamados semiabrigos). “Nesses edifícios, os celtas realizavam vários tipos de trabalhos artesanais, como tecelagem, metalurgia, peças fabricadas com chifres e cerâmica. Isso é comprovado por descobertas de anos anteriores”, disse Soida.
Assentamento celta na Polônia atrai entusiastas de vários países
Segundo Soida, as escavações no assentamento celta atraem anualmente pessoas de diferentes nações, como Dinamarca, Países Baixos e EUA, desde amadores até profissionais comprometidos com a pesquisa. “Os entusiastas da cultura celta, que nem sempre são arqueólogos, mas também incluem advogados, geólogos, artistas ou funcionários de grandes corporações, não têm medo do trabalho árduo e ajudam a explorar o povoado com grande empenho. E este ano, as condições meteorológicas – seca e calor superior a trinta graus – foram muito exigentes”.
O dado e as demais descobertas vão ajudar os pesquisadores a encontrar novas informações sobre a habitação celta na Polônia. Cada mínimo detalhe encontrado por eles ajuda a criar uma imagem cada vez mais detalhada de como o local se parecia há mais de dois mil anos.
Espera-se que sejam escavados mais artefatos, que, futuramente, serão expostos no Museu da Silésia.
Fonte: Olhar Digital
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