A Samsung divulgou, nesta terça-feira (24) dados de um dos maiores estudos do mundo envolvendo milhões de Galaxy Watch em todo o planeta Terra, durante o Congresso Mundial do Sono que acontece nesta semana no Rio de Janeiro (RJ). O foco foi identificar, ao longo de dois anos, como é o sono das pessoas e para a surpresa de pouca gente o resultado mostra que estamos dormindo mal.

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O que você precisa saber:

O estudo fez parte de um programa envolvendo mais de 64 milhões de usuários ao redor do mundo, sem separar países, etnias ou mesmo gêneros. A Samsung comentou que a coleta de dados sobre o sono começou em junho de 2021 e seguiu até maio deste ano, sempre com o uso do relógio da marca, partindo do Galaxy Watch 4 e seguindo até o Watch 6, lançado neste ano.

A escolha destas três gerações dos Galaxy Watch não envolve a mudança do sistema operacional para o Wear OS do Google no lugar do Tizen da própria Samsung, mas sim a presença de um pacote de sensores chamados pela empresa de BioActive e eles envolvem o leitor de batimentos cardíacos, eletrocardiograma, análise de oxigenação do sangue e bioimpedância, junto de algoritmos para saber lidar com isso para além de exercícios físicos.

Samsung mostra dados sobre sono com Galaxy Watch (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Samsung mostra dados sobre sono com Galaxy Watch (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Uma das análises feitas pelos sensores com nome bacana é a qualidade do sono, separando detecção automática de quando o usuário deitou, começou a dormir, o tempo dormindo e também as fases do sono. Com isso, a marca coreana coletou dados de usuários que aceitaram compartilhar informações deste momento do dia – ou da noite.

A pesquisa analisou dados de 195 países, envolvendo Brasil e alguns vizinhos como Argentina e México. Todos que compraram um Galaxy Watch 4, 5 ou 6, com 716 milhões de noites avaliadas. O resultado é que estamos dormindo menos desde 2021.

Brasileiros dormem cerca de 7 horas por dia

Não só menos, mas com qualidade menor e acordando mais cedo. A eficiência também caiu, que é a capacidade dos sensores entenderem se o tempo na cama envolve mais ou menos fases do sono. Dependendo deste dado, é possível saber se a pessoa descansou ou não, mesmo com um número reduzido de horas ou minutos de olhos fechados.

Focando em brasileiros, em média nós dormimos por volta da meia noite e meia, acordando às 7h22. Mesmo não sendo um número grande de horas de sono, a Samsung comentou que dormimos mais que nossos hermanos da Argentina e os mexicanos também. O ronco em nosso país é menos duradouro, com 60 minutos contra a média mundial de 67 minutos.