Mais de 42 procuradores-gerais dos Estados Unidos estão processando a Meta, acusando a empresa de implementar ações que tornam o Facebook e o Instagram viciantes a crianças e adolescentes. Além disso, as redes sociais da big tech estariam cientes do risco para a saúde mental dessa parcela da população e não fez nada para impedir isso.
EUA vs. Meta
Meta sabia dos riscos e não fez nada
A acusação alega que a Meta estava ciente desses efeitos negativos e os deixou online propositalmente. A procuradora-geral Letitia James, de Nova York, escreveu que os próprios documentos internos da empresa mostram que a companhia sabia dos danos aos jovens e manteve sigilo.
James se refere a documentos vazados pela ex-funcionária do Facebook Frances Haugen em 2021, que mostram os impactos das redes sociais em crianças e adolescentes. Conforme reportado pelo Wall Street Journal à época, 32% dos adolescentes disseram se sentir mal com seus corpos e o Instagram piorava a situação.
O procurador-geral do Distrito de Columbia, Brian Schwalb, em entrevista à CNBC, disse que a Meta deveria ter alertados as pessoas que o Instagram e Facebook eram produtos perigosos e potencialmente viciantes, mas não o fizeram.
Resposta da Meta
Um porta-voz da Meta, Andy Stone, afirmou em comunicado que a empresa tem o compromisso de fornecer experiências online seguras e positivas. Ele também escreveu que estava desapontado que, ao invés de colaborar com o setor para criar padrões claros de operação dos aplicativos, os procuradores-gerais estejam processando a Meta.
Outros casos
Essa não é a primeira vez que um grande grupo de procuradores-gerais vão atrás da Meta. Em 2020, 48 estados processaram a empresa por motivos antitruste.
Além disso, os legisladores também já se uniram em prol da causa de crianças e adolescentes online em outras ocasiões, mostrando uma unidade nessa pauta. O TikTok, inclusive, já passou por restrições no país por motivos semelhantes.
Fonte: Olhar Digital
Comentários