Harry Maguire viveu dias difíceis com a camisa do Manchester United. Foi alvo de críticas, vaias e até chacotas mais pesadas nos bastidores e redes sociais. Algo que parece ao poucos ficar no passado. Nos altos e baixos comuns do futebol profissional, Maguire passou pelo pior e, quando menos se esperava, vai revivendo o sabor do sucesso.
Praticamente descartado por Erik ten Hag em 2023/24, e há muito tratado como um problema caro para o Manchester United, Harry Maguire vinha amargando o banco de reservas, as vezes nem isso, com única titularidade na Copa da Liga, quando o treinador optou por utilizar um time alternativo. Antes capitão, o zagueiro por pouco não deixou o clube no último mercado, mas seus altos vencimentos seriam difíceis de justificar em outras bandas na atual conjuntura.
Maguire não ganhou um voto de confiança repentino de ten Hag por acaso, e nem o fez por mérito próprio. O técnico teve poucas opções contra o Brentford, no início de outubro, com Lisandro Martínez e Varane fora de combate. Com três zagueiros, Maguire acabou ao lado de Lindelof e do veterano Jonny Evans. Acabou por dar uma assistência nos acréscimos para a virada em 2 a 1 (com dois gols de McTominay, outro que já passou por momentos difíceis no United).
Bastou uma boa atuação para Maguire, ao menos, mostrar para Erik ten Hag que poderia ser uma peça útil em determinados momentos, ainda mais com tantos problemas defensivos na temporada. Depois da data Fifa, contra o Sheffield, o trio defensivo foi repetido. O zagueiro foi destaque, eleito o melhor em campo, e mostrou-se emocionado pela volta por cima.
Durante esse período, Maguire revelou que David Beckham, ídolo dos Red Devils, o procurou em momento difícil, após marcar um gol contra. Em documentário recente lançado na Netflix, Beckham revelou as dificuldades com a saúde mental que atravessou depois da expulsão com a Inglaterra na Copa do Mundo, em 1998. O apoio tocou fundo no jogador.
“Significou tudo”, resumiu, sem esconder ter ficado emocionado.
Contra o Copenhague, na Liga dos Campeões, Maguire já havia passado à frente de Lindelof e Evans por um lugar ao lado de Varane, recuperado. Desta vez, por méritos, e não por falta de opções. O gol da vitória, com comemoração junto ao torcedor, foi simbólico para a relação, que esteve mais que conturbada.
No fim, Onana, contestado por ter falhado diversas vezes desde sua chegada, defendeu um pênalti e foi ovacionado. O futebol tem destas coisas. Os vilões podem ser alçados a heróis em um piscar de olhos, e vice-versa. Maguire já esteve no fundo do poço, mas pode voltar a sorrir aliviado… Por enquanto.
Fonte: Ogol
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