Desde seu lançamento, The Crown conquistou uma grande base de fãs no mundo todo, hora emocionando ou até mesmo deixando os espectadores indignados com os hábitos, tramas, costumes e dramas retratados sobre a vida e história da família real britânica. A série The Crown é baseada em fatos reais, mas isso não significa que tudo mostrado realmente aconteceu. A seguir, confira o quanto da produção de fato aconteceu.

O casamento de Princesa Margaret com Peter Townsend foi proibido

É real que a Princesa Margaret poderia se casar com Peter Townsend, mas teria que renunciar a seu título e salário. Porém, como é bem retratado na série, Margaret optou por abrir mão do casamento e anunciou que não se casaria com ele. Mais tarde, ela se casou com o fotógrafo Antony Armstrong-Jones, que mais tarde recebeu o título de Lord Snowdon. Em seu anúncio, ela disse que havia colocado os ensinamentos da Igreja e seu papel na realeza acima de tudo.

Foto mostrando Princesa Margaret e seu esposo Peter Townsend acompanhados da Rainha Elizabeth II. (Imagem: Popperfoto/Getty Images)

Churchill não queria que ninguém observasse o retrato de Sutherland dele

Não há evidências de que Churchill tenha queimado o quadro produzido pelo pintor Graham Sutherland. Sabe-se que ele não gostou do quadro porque, ao recebê-lo, disse que era “um exemplo de arte moderna”. O quadro foi levado para sua casa de campo e nunca mais foi visto. A esposa de Churchill pediu à secretária dela para se livrar do quadro. A secretária pediu ajuda ao irmão dela, e ambos queimaram o quadro na casa deles, sem avisar a esposa de Churchill até o dia seguinte.

Quadro de Chruchill
Churchill segundo relatos de pessoas próximas para a imprensa britânica da época, não gostou do quadro produzido por Graham Sutherland, por retratar uma imagem deplorável do Ex-primeiro-ministro do Reino Unido. (Imagem: Getty Imagens)

Apelidos reais e talvez desagradáveis

O tio da rainha, o ex-rei Edward VIII, tinha apelidos para diferentes membros da família. Ele chamava a rainha de Shirley Temple devido ao cabelo cacheado dela, a rainha Mãe de Cookie, por parecer uma cozinheira e Churchill de Cry Baby, o bebê chorão. Algumas cartas lidas na série são fiéis às palavras escritas.

O Duque de Windsor (1894 - 1972), ex-Rei Eduardo VIII
O Duque de Windsor (1894 – 1972), ex-Rei Eduardo VIII, com suas memórias, intituladas ‘A King’s Story: The Memoirs of the Duke of Windsor’, por volta de 1951. (Foto de Erika Stone/Getty Images)

Príncipe Philip e a polêmica por trás do sobrenome

Philip queria que o príncipe Charles tivesse seu sobrenome, Mountbatten. Ele disse para alguns amigos que era o único pai do país que não dava o sobrenome ao filho. Isso aconteceu porque, se Charles tivesse o sobrenome Mountbatten, a dinastia mudaria de nome quando ele se tornasse rei. Para contentar Philip, a família real decidiu combinar os sobrenomes Windsor e Mountbatten para criar o sobrenome Mountbatten-Windsor. Isso não muda a dinastia, mas ainda mantém o sobrenome de Philip.

Philip e Elizabeth ll com os filhos Charlles e Anne, ainda pequenos.
O casal real britânico, a Rainha Elizabeth II e seu marido Philip, Duque de Edimburgo, com seus dois filhos, Charles, Príncipe de Gales (L) e Princesa Anne (R), por volta de 1951. (O crédito da foto deve ser OFF /AFP através da Getty Images)

A Princesa Diana não estava fantasiada de árvore quando conheceu Charles

Na série The Crown, Diana Spencer aparece fantasiada como uma figurante da peça Sonho de Uma Noite de Verão. Os roteiristas da série disseram à Vogue que o traje foi uma invenção de Peter Morgan, o showrunner.

Eles explicaram que a ideia surgiu após uma pesquisa que mostrou que Diana adorava dançar e se apresentar quando adolescente. Mas, na época da exibição da cena, muitos amantes de teorias da conspiração ligaram a fantasia com as polêmicas vividas por Lady Die anos depois, durante o fim do seu casamento com Charles, como uma espécie de metáfora.

Príncipe Charles e a Princesa de Gales (1961 – 1997, mais tarde Diana, Princesa de Gales) no Castelo de Caernarvon durante uma visita oficial ao País de Gales, 27 de outubro de 1981. (Foto de Hulton Archive/Getty Images)

Thatcher participa de jogos da família real sob pressão

A primeira-ministra Margaret Thatcher, a fim de fortalecer os laços com a família real, passou finais de semana na casa de campo de Elizabeth II e seus herdeiros. Mesmo sem ter interesse, ela precisou participar dos jogos propostos nas horas vagas.

Ex-primeiros-ministros britânicos (da esquerda para a direita) James Callaghan, Sir Alec Douglas-Home (1903 – 1995), Harold MacMillan (1894 – 1986), Harold Wilson (1916 – 1995) e Edward Heath com a Rainha Elizabeth II e a Primeira-Ministra Margaret Thatcher em 10 Downing Street, para comemorar os 250 anos do edifício como residência do primeiro-ministro, 11 de dezembro de 1985. (Foto de Hulton Archive/Getty Images)