O Google acompanha de perto a evolução da Apple na área de pesquisas na internet e teme que um dia a parceira de longa data acabe criando o seu próprio motor de buscas.
Como contexto, a empresa teria pago nada menos de US$ 18 bilhões em 2021 para a Maçã continuar usando o seu mecanismo por padrão nos iPhones, revelam fontes do New York Times, além de adotar algumas estratégias para impedir a nova investida.
Resumo do caso
A União Europeia também deve contribuir diretamente. Em 2024, grandes plataformas terão que oferecer mais liberdade aos usuários, deixando de favorecer os seus próprios serviços. Com isso, quem configurar um novo dispositivo Apple no Velho Continente deve ter a opção de selecionar outro navegador padrão diferente do Safari, por exemplo.
O Google também vai sofrer com a nova norma nas buscas, mas teria pressionado reguladores da UE para abrir o ecossistema rigidamente fechado da Apple. Os executivos da gigante de buscas perceberam que se os usuários tivessem que fazer uma escolha, muitos iria preferir o Chrome como navegador, acrescentam os documentos analisados pelo NYT.
Por fim, a empresa também tenta convencer a UE de que o Spotlight também é um mecanismo de busca, já que o possui recursos de pesquisa na web como imagens, respostas e “resultados ricos que fornecem informações extras”. A União Europeia ainda não decidiu se vai acolher o pedido do Google.
Parceria entre Google e Apple
A concorrência na indústria tecnológica é feroz e competimos contra a Apple em muitas frentes. Atualmente, existem mais maneiras do que nunca de pesquisar informações, e é por isso que nossos engenheiros fazem milhares de melhorias por ano para garantir que entregamos os resultados mais úteis
Peter Schottenfels, porta-voz do Googlem, ao NYT
Processo antitruste nos EUA
Atualmente, o relacionamento entre as gigantes da tecnologia passa por um importante processo antitruste movido pelo Departamento de Justiça dos EUA e por dezenas de estados americanos.
Advogados do governo alegam que o Google manipulou o mercado a seu favor com acordos firmados com grandes empresas como Apple, Samsung e Mozilla. Esses “pactos” levaram automaticamente mais tráfego para o mecanismo de busca da companhia de Mountain View.
Nesta quinta-feira, 26 de outubro, o Google deve iniciar uma apresentação de defesa que pode durar três semanas no julgamento do processo. Até agora, a empresa minimizou o papel que os acordos com fabricantes de telefones e empresas de navegadores tiveram em seu sucesso na área de buscas.
Um dos argumentos do big tech é que o seu mecanismo de busca é popular pela “qualidade e inovação”, e que os usuários podem facilmente escolher outro mecanismo nas configurações dos seus dispositivos.
Fonte: Olhar Digital
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