A inteligência artificial se integrou às nossas rotinas e não há como voltar atrás. Enquanto alguns especialistas divergem sobre qual o real risco da tecnologia (afinal, ela pode dominar o mundo?), é consenso que ela pode e deve impactar as próximas eleições, a partir de 2024. Até lá, é improvável que regulações tenham surgido e limitado as consequências da IA a tempo.
Um dos países preocupados com a presença da tecnologia nas eleições são os Estados Unidos, onde diversos casos de deepfakes eleitorais (áudios e vídeos falsos, com aspecto realista) já foram registrados. Por lá, alguns projetos de lei têm tentado limitar essas consequências, mas ainda dependem do compromisso pessoal dos candidatos e das campanhas.
Deepfakes nos Estados Unidos
Alguns casos de deepfakes eleitorais já se tornaram famosos nos Estados Unidos.
Um deles, ainda no ano passado, foi quando a campanha presidencial do governador da Fórida, Ron DeSantis, compartilhou uma imagem gerada artificialmente do ex-presidente Donald Trump abraçando o ex-conselheiro médico do país, Anthony S. Fauci. O abraço nunca aconteceu.
Um caso mais recente é do prefeito de Nova York, Eric Adams. Ele não fala espanhol ou mandarim, mas mensagens com sua voz falando ambos idiomas começaram a surgir para fazer propaganda eleitoral.
Riscos da IA nas eleições
Um artigo do The Washington Postalertou para os riscos do uso da IA nas eleições, afirmando que, se o uso da tecnologia não for limitado, ela poderá ser usada para manipular cidadãos, tirando a credibilidade do sistema eleitoral.
O artigo ainda lembra que os casos registrados do uso de IA nas eleições foram desmascarados, mas questiona o que pode acontecer quando uma deepfake não for desvendada a tempo.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo YouGov em agosto deste ano, 85% dos cidadãos dos Estados Unidos já estão “muito” ou “um pouco” preocupados com a propagação de deepfakes. 78% está preocupado com o uso da IA na propaganda eleitoral.
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Fonte: Olhar Digital
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