O senador Cleitinho (Republicanos-MG) denunciou ao Ministério Público Federal (MPF), nesta semana, a exposição “O Grito”, patrocinada e exibida pela Caixa Econômica Federal, no Programa de Ocupação dos espaços do banco, com a crítica do uso de espaço público para manifestação política. “O pedido ao MPF é para que apure a violação dos símbolos nacionais, apologia às drogas e uso de espaço público para manifestação política, o que fere não só as diretrizes do próprio banco como o princípio da impessoalidade. Também foi pedido que seja instaurado um processo administrativo contra os responsáveis e que os cofres públicos sejam ressarcidos já que a exposição foi financiada com recursos públicos”, diz a assessoria do parlamentar em nota enviada à reportagem.
A exposição de autoria da artista Marília Scarabello gerou grande repercussão nos últimos dias, em razão da veiculação de imagens de políticos em situações desfavoráveis, como a ilustração do ex-presidente Jair Bolsonaro defecando na bandeira do Brasil, além das fotografias do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e do ex-ministro da Economia Paulo Guedes inseridas em uma lata de lixo, que também leva a imagem da bandeira do país.
A mostra foi interrompida, segundo o banco, por não estar de acordo com as diretrizes do programa, “identificada na obra em questão manifestação com viés político-partidário, o que fere as diretrizes”, afirmou a instituição, em nota. O valor total do investimento do programa era de R$ 250 mil, mas a exposição foi cancelada antes do tempo previsto e, por isso, custou aos cofres do banco R$ 75 mil. Em razão disso, na última quinta-feira, Cleitinho apresentou um projeto de lei que criminaliza a confecção, distribuição, comercialização e o uso da Bandeira Nacional com cores e formas alteradas associada a símbolos de partido político, grupos e movimentos sociais. “Aquela apresentação ali é totalmente política, não tem nada cultural ali, zero cultura. O que mais me chamou atenção foram os R$ 250 mil, aquilo ali não vale 500 reais “, finalizou o senador.
Fonte: Jovem Pan News
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