Sexta-feira, Dezembro 5, 2025
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Fukushima: trabalhadores são contaminados por água radioativa

Fukushima

Dois funcionários que atuavam nos trabalhos de liberação no Oceano Pacífico da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima foram hospitalizados após terem contato com o material radioativo. As informações foram confirmadas pela Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (TEPCO). O caso aumenta as discussões sobre a segurança do procedimento.

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A TEPCO informou que cinco trabalhadores estavam limpando os tubos do sistema de filtragem de águas residuais para serem lançadas no oceano. Uma mangueira se soltou e respingos do líquido contaminado atingiram dois funcionários. Eles foram hospitalizados por precaução. Depois, outros dois se contaminaram durante a limpeza do vazamento.

Os níveis de radiação dos dois homens hospitalizados eram iguais ou superiores a 4 becquerels por centímetro quadrado, o nível máximo considerado seguro. Apesar disso, o médico que atendeu os trabalhadores garantiu haver poucas chances de os dois sofrerem lesões por radiação.

A TEPCO está investigando o caso e prometeu rever as medidas de segurança para evitar que novas contaminações. O incidente ocorreu poucos dias depois da conclusão da descarga do segundo lote de águas residuais e de uma visita de inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) para uma revisão de segurança. As informação são da Agência Brasil.

Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão, comeu peixes de Fukushima para provar que o consumo é seguro (Imagem: YouTube/Prime Minister’s Office of Japan)

Despejo da água radioativa de Fukushima

O início da liberação da água radioativa aconteceu no dia 24 de agosto de 2023. O material será descartado no oceano de forma gradual – no máximo 500 mil litros por dia – por meio de uma tubulação subaquática de um quilômetro.

O procedimento conta com o aval da Agência Internacional de Energia Nuclear. As autoridades japonesas garantem que o despejo é seguro, uma vez que a água, suficiente para encher 500 piscinas olímpicas e usada para resfriar as barras de combustível da usina de Fukushima, destruída após ser atingida por uma tsunami e um terremoto em 2011, foi totalmente tratada.

O governo do Japão ainda afirma que a água foi filtrada para remover a maioria dos elementos radioativos, exceto o trítio, um isótopo de hidrogênio que é difícil de separar da água. No entanto, países como a China condenam o plano japonês.

Os chineses, inclusive, anunciaram a proibição da importação de frutos do mar do país vizinho sob a justificativa de contaminação dos produtos. Pequim representa o maior comprador de frutos do mar do Japão e essas restrições já provocaram uma queda de 30% nas vendas japonesas para a China.

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Fonte: Olhar Digital

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