Dois funcionários que atuavam nos trabalhos de liberação no Oceano Pacífico da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima foram hospitalizados após terem contato com o material radioativo. As informações foram confirmadas pela Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (TEPCO). O caso aumenta as discussões sobre a segurança do procedimento.
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A TEPCO informou que cinco trabalhadores estavam limpando os tubos do sistema de filtragem de águas residuais para serem lançadas no oceano. Uma mangueira se soltou e respingos do líquido contaminado atingiram dois funcionários. Eles foram hospitalizados por precaução. Depois, outros dois se contaminaram durante a limpeza do vazamento.
Os níveis de radiação dos dois homens hospitalizados eram iguais ou superiores a 4 becquerels por centímetro quadrado, o nível máximo considerado seguro. Apesar disso, o médico que atendeu os trabalhadores garantiu haver poucas chances de os dois sofrerem lesões por radiação.
A TEPCO está investigando o caso e prometeu rever as medidas de segurança para evitar que novas contaminações. O incidente ocorreu poucos dias depois da conclusão da descarga do segundo lote de águas residuais e de uma visita de inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) para uma revisão de segurança. As informação são da Agência Brasil.
Despejo da água radioativa de Fukushima
O início da liberação da água radioativa aconteceu no dia 24 de agosto de 2023. O material será descartado no oceano de forma gradual – no máximo 500 mil litros por dia – por meio de uma tubulação subaquática de um quilômetro.
O procedimento conta com o aval da Agência Internacional de Energia Nuclear. As autoridades japonesas garantem que o despejo é seguro, uma vez que a água, suficiente para encher 500 piscinas olímpicas e usada para resfriar as barras de combustível da usina de Fukushima, destruída após ser atingida por uma tsunami e um terremoto em 2011, foi totalmente tratada.
O governo do Japão ainda afirma que a água foi filtrada para remover a maioria dos elementos radioativos, exceto o trítio, um isótopo de hidrogênio que é difícil de separar da água. No entanto, países como a China condenam o plano japonês.
Os chineses, inclusive, anunciaram a proibição da importação de frutos do mar do país vizinho sob a justificativa de contaminação dos produtos. Pequim representa o maior comprador de frutos do mar do Japão e essas restrições já provocaram uma queda de 30% nas vendas japonesas para a China.
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Fonte: Olhar Digital
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