Neste sábado (28), acontece o último eclipse de 2023, que desta vez será lunar (saiba tudo aqui). A maior parte do Brasil verá somente a fase penumbral, o que significa que as mudanças na coloração da Lua devem ser muito tênues, quase imperceptíveis a olho nu. Alguns locais do Nordeste, no entanto, podem testemunhar um pouco mais do evento – que será transmitido por várias plataformas digitais, para que ninguém perca nenhum detalhe.

Finalizado este grande espetáculo, a Lua segue seu caminho em volta da Terra, podendo ser vista no céu bem pertinho de Júpiter algumas horas depois, em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica. O maior planeta do Sistema Solar foi o primeiro e será o último a ser visitado por ela este mês.

Configuração do céu no momento da conjunção entre a Lua e Júpiter neste domingo (29). Crédito: SolarSystemScope

Aproximação máxima entre a Lua e Júpiter será antes da conjunção

De acordo com o guia de observação InTheSky.org, a conjunção entre Lua e Júpiter se dará no domingo (29), às 5h14 da manhã. Um pouco antes, às 3h10, acontece o chamado appulse, termo que se refere à separação mínima aparente entre dois corpos no céu, de acordo com o guia de astronomia Starwalk Space – todos os horários aqui mencionados têm como referência o fuso de Brasília.

O que diferencia as duas expressões é que, embora o termo “conjunção” também seja utilizado popularmente para representar uma aproximação aparente entre dois astros, tecnicamente, a conjunção astronômica só ocorre no instante em que eles compartilham a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre).

Ambos os momentos poderão ser observados. No céu de São Paulo, por exemplo, a dupla estará visível das 18h35 até quase 6h da manhã.

A Lua estará com -12.7 de magnitude, e a de Júpiter será de -2.9, com ambos na constelação de Áries. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

O par não estará próximo o bastante para caber dentro do campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou com um par de binóculos.

No mês que vem, a Lua vai passar por Vênus (9), Mercúrio (14), Saturno (20) e Júpiter (25). Essa série de conjunções ocorre porque ela orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.