A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou na quinta-feira (26) a formação de um novo painel voltado para o campo da inteligência artificial (IA). Com 40 membros especialistas em tecnologia e proteção de dados, o grupo deverá apresentar relatórios sobre a governação internacional da IA e os seus riscos, bem como os desafios e principais oportunidades, conforme relatou o Euro News. 

O que você precisa saber: 

No último ano assistimos a um avanço extraordinário nas capacidades e na utilização da inteligência artificial (IA), através de chatbots, clonagem de voz, geradores de imagens, aplicações de vídeo e muito mais. 

Nos nossos tempos difíceis, a IA pode impulsionar um progresso extraordinário para a humanidade. Mas tudo isso depende do aproveitamento responsável das tecnologias de IA. 

Os danos potenciais da IA estendem-se a sérias preocupações sobre a desinformação; arraigamento do preconceito e da discriminação; vigilância e invasão de privacidade; fraude e outras violações dos direitos humanos.

António Guterres, secretário-geral da ONU, em coletiva de imprensa. 

Guterres acrescentou que a experiência em IA está concentrada “num punhado de empresas e países”, o que pode levar a desigualdades globais mais profundas, “transformando divisões digitais em abismos”. Com isso, fica clara a necessidade de uma ação global coordenada, o que o novo painel planeja pavimentar com suas recomendações. 

A ONU pontuou que a formação do órgão contará com especialistas do governo, do setor privado, da comunidade de investigação, da sociedade civil e de academias de estudos, marcando um passo significativo nos esforços para abordar questões sobre a nova tecnologia emergente. 

Entre alguns nomes dos membros do painel estão: James Manyika, vice-presidente responsável por IA do Google e Alphabet, Mira Murati, diretora técnica da OpenAI, e Omar al-Olama, ministro da IA dos Emirados Árabes Unidos.