Elon Musk anunciou neste sábado (28) que o serviço Starlink será disponibilizado para ajudar organizações humanitárias em Gaza. A declaração veio em uma resposta à deputada norte-americana Alexandria Ocasio-Cortez (AOC) no X (antigo Twitter).

Ela havia declarado como inaceitável “o corte de toda a comunicação para 2,2 milhões de pessoas” em meio aos conflitos que envolvem Israel e Hamas. “Jornalistas, médicos, esforços humanitários e inocentes estão em perigo”, afirmou AOC.

Em outro comentário na rede social, Musk afirmou que não está claro quem tem autoridade para as conexões terrestres em Gaza. “Mas sabemos que nenhum terminal solicitou uma ligação naquela área”, completou.

O empresário também afirmou que a SpaceX apoiará links de comunicação com organizações humanitárias reconhecidas internacionalmente. Dentre elas, a Organização das Nações Unidas (ONU).

Gaza enfrentou um blecaute total de comunicação na sexta-feira (27), em meio a intensos bombardeios por Israel. Já são quase três semanas de conflitos marcados por acusações de crimes de guerra contra a população palestina no território.

Conexão extremamente difícil

O apagão de telefonia e internet isolou ainda mais as pessoas na região – isso inclui impossibilidade de ligações entre familiares e pedidos de socorro para ambulâncias, por exemplo.

O rastreador de conectividade NetBlocks relatou “um colapso na conectividade na Faixa de Gaza”, com um dos maiores e últimos provedores de telecomunicações palestinos remanescentes, Paltel, sendo atingido por intensos ataques aéreos.

Desde que Israel cortou grande parte do acesso de Gaza à eletricidade no início do mês, o local depende quase que exclusivamente de outras fontes de energia, como geradores, para garantir a conexão à internet. Mas, nos últimos dias, os ataques aéreos teriam destruído grande parte da infraestrutura de apoio.