Um novo sensor criado por pesquisadores da University of British Columbia (UBC) e do Frontier Robotics, instituto de pesquisa da Honda, tem uma estrutura bem macia, podendo servir como “pele de robô” ou para cobrir próteses. Por exemplo, aplicada à uma mão biônica, ela permite à pessoa “sentir melhor” o que está pegando.
A criação é composta principalmente de borracha de silicone, a mesma usada em efeitos especiais de filmes. Ela também dobra e enruga, assim como a pele humana.
Para responder com destreza e precisão aos estímulos táteis, o sensor usa campos elétricos fracos, parecidos com os de telas de celular. A “pele de robô” ajuda uma pessoa com prótese a segurar um ovo ou um copo de plástico com água sem esmagar ou deixar cair.
Pele sensível para robôs interagirem com humanos
Os pesquisadores dizem que o novo sensor é simples de fabricar, inclusive em grandes quantidades e dimensionamento (para cobrir grandes áreas de superfície). Com a capacidade de detectar força na parte interna e externa, o sensor oferece uma combinação importante para o desenvolvimento de robôs voltados para o contato direto com pessoas, como explica o Dr. John Madden, autor sênior do estudo e professor da UBC.
Ele observou que os sensores e o aprendizado de máquina (com avanços da IA) estão gerando máquinas mais capazes e realistas. Ainda assim, há muito a ser alcançado na tecnologia.
“A pele humana tem cem vezes mais pontos de detecção na ponta do dedo do que a nossa tecnologia, tornando mais fácil acender um fósforo ou costurar”, aponta o Dr. Madden. Com mais melhorias em sensores e inteligência artificial, segundo o professor, os robôs poderão ficar ainda mais parecidos com os humanos. O suficiente para trabalharem melhor interagindo e em um mesmo ambiente com as pessoas.
ViaTech Xplore
Fonte: Olhar Digital
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