Estudos indicam que o derretimento da manta de gelo do oeste antártico vai acelerar nas próximas décadas, mesmo com esforços para limitar a emissão de gases do efeito estufa.

O Acordo de Paris, assinado em 2015, busca limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, mas as simulações indicam que, mesmo com o cumprimento do acordo, o derretimento do gelo antártico triplicará de velocidade em relação ao século passado.

É o fim da Antártida?

Redução de emissões tem pouco impacto

Conforne o British Antartic Survey, as simulações mostram que a redução de emissões de gases do efeito estufa tem pouco impacto na taxa de perda de gelo no Mar de Amundsen.

Mesmo nos cenários mais otimistas, com aumento de temperatura limitado a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, a taxa de derretimento de gelo é praticamente a mesma que nos cenários em que o aumento de temperatura é maior.

O pior cenário prevê aumento de 4,3 °C acima dos níveis pré-industriais e apresenta divergência no derretimento apenas após 2045, quando isso aumentaria consideravelmente.

Prever e se adaptar às mudanças

Apesar dos resultados sombrios, é importante prever os efeitos das mudanças climáticas para nos prepararmos melhor e tentarmos contornar suas consequências.

Embora seja improvável que possamos evitar o colapso da manta de gelo do oeste antártico, devemos continuar buscando a diminuição das taxas de aumento do nível do mar. Quanto mais lentas forem as mudanças, mais fácil será para governos e sociedades se adaptarem a elas, caso sejam inevitáveis.