Durante muito tempo os meteorologistas têm tentando entender como tempestades tropicais acabam se tornando furacões poderosíssimos com alta capacidade destrutiva. Agora, um grupo de pesquisadores descobriu que existem diferentes formas nas quais esses ciclones podem se intensificar.

A pesquisa conduzida pelo Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR) da Fundação Nacional de Ciência dos EUA (NSF) e publicada recentemente no Monthly Weather Review usou uma simulação computacional de alta resolução da atmosfera global para fazer a descoberta. 

Essa simulação foi projetada para comparar os resultados dos principais modelos atmosféricos. Depois de 40 dias observando tempestades que se intensificaram rapidamente, Falko Judt, principal autor do estudo, descobriu que esse processo acontecia de duas formas.

Existem pelo menos dois modos de intensificação rápida, e cada um tem um conjunto diferente de condições que devem ser satisfeitas para que a tempestade se fortaleça tão rapidamente.

Falko Judt

Diferentes modos de intensificação de furacões

Uma das formas é o modelo canônico, há muito conhecido pelos meteorologistas, a qual os pesquisadores do estudo chamaram de maratona por a intensificação ser simétrica e moderada, ao mesmo tempo que o vórtice primário se amplifica continuamente:

Mas além dele, os pesquisadores descobriram outra forma de intensificação dos furacões, mas que durante muito tempo foi deixada de lado por não causar tempestades tão destrutivas. Essas, os pesquisadores chamaram de corrida.

Além disso, os pesquisadores argumentam que as duas formas com que os furacões se intensificam podem ser extremos opostos de um espectro, com algumas tempestades se tornando mais fortes em algum ponto intermediário ou que transite entre elas.