Nesta quinta-feira (2), a missão Galactic 05 será lançada para um “bate e volta” ao espaço. Trata-se do quinto voo suborbital comercial da Virgin Galactic – empresa aeroespacial do bilionário britânico Richard Branson.
Enquanto o primeiro voo da empresa contratado por terceiros teve caráter científico e os três seguintes foram turísticos, desta vez haverá um misto entre os dois objetivos.
Vamos entender:
Segundo um comunicado da Virgin Galactic, o cientista planetário Alan Stern, investigador principal da missão New Horizons, da NASA (cujo foco é Plutão), é um dos passageiros. Com o distintivo de astronauta 20 da empresa, ele é patrocinado pelo Instituto de Pesquisa do Sudoeste (SwRI).
Durante o voo, Stern usará um cinto biomédico para coletar dados fisiológicos relacionados ao voo espacial humano além de “conduzir atividades práticas para um experimento astronômico da agência espacial norte-americana”.
Kellie Gerardi, comunicadora científica atuante no TikTok e pesquisadora de bioastronáutica do Instituto Internacional de Ciências Astronáuticas (IIAS), que patrocina seu assento, será a astronauta 21. Ela será responsável por três experimentos de carga útil focados em dinâmica de fluidos, biometria humana e monitoramento de glicose. Além disso, vai avaliar a experiência a fim de aprimorar a ciência e os protocolos operacionais para futuros voos espaciais de pesquisa e programas de treinamento do IIAS.
O astronauta 22, que vai voar a turismo, ainda não teve sua identidade revelada, mas, ao que tudo indica, é muito provável que seja um dos chamados “astronautas fundadores” da Virgin Galactic – um reconhecimento da empresa aos primeiros clientes pagantes, que adquiriram seus ingressos em 2005.
Como são os voos ao espaço da Virgin Galactic
Em todos os voos tripulados da Virgin Galactic, a empresa usa um avião espacial chamado de VSS Unity, que é transportado até certa altitude pelo porta-aviões VMS Eve. Depois, os motores do Unity são acionados, e ele se desacopla para continuar o voo.
Assim como os anteriores e os que virão, este será um voo suborbital, o que significa que não atinge velocidade suficiente para alcançar a órbita da Terra. Assim, o veículo sobe até determinado ponto e depois volta ao solo, não circundando o planeta. Mesmo assim, por alguns instantes, os passageiros experimentam a sensação de gravidade zero.
Os voos da Virgin Galactic costumam atingir cerca de 85 km de altitude, o que gera uma dúvida: os passageiros vivem realmente uma experiência espacial? Isso porque dados oficiais divergem quanto ao ponto exato que estabelece o limite entre a atmosfera da Terra e o espaço sideral.
Pelos padrões da NASA, da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) e das Forças Armadas do país, essa fronteira está 80 km acima da superfície da Terra. No entanto, um outro marco, a 100 km de altitude, conhecido como Linha de Kármán, é o estabelecido pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI).
A empresa sempre seleciona um astronauta funcionário para acompanhar os passageiros como instrutor a bordo do VSS Unity, que é conduzido por dois pilotos. Outros dois pilotam o porta-aviões VMS EVE. Por enquanto, ainda não foram divulgados os nomes dessas cinco pessoas.
Fonte: Olhar Digital
Comentários