O Sol atingirá o pico de seu atual ciclo de atividade em 2024, um ano antes das estimativas anteriores. A informação é do Centro de Previsão do Tempo Espacial (SWPC) da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA.

Entenda:

Representação artística de uma erupção solar. Crédito: Pixus – Shutterstock

A previsão revisada agora coloca o pico de atividade do ciclo solar 25 entre janeiro e outubro de 2024, segundo um comunicado da NOAA. Além de se manifestar mais cedo e de maneira mais forte, o máximo solar vai durar mais tempo.

Como a NOAA define o máximo solar

Para determinar quando o máximo solar ocorre, os pesquisadores se baseiam em registros históricos de longo prazo do número de manchas solares, estatísticas avançadas e modelos do dínamo solar – o fluxo de gases quentes e ionizados dentro do Sol que geram o campo magnético do astro que, por sua vez, impulsiona o ciclo solar.

“Esperamos que nossa nova previsão experimental seja muito mais precisa do que a previsão do painel de 2019 e, ao contrário das previsões anteriores do ciclo solar, será continuamente atualizada mensalmente à medida que novas observações de manchas solares se tornam disponíveis”, disse o físico Mark Miesch no comunicado da NOAA. “É uma mudança bastante significativa”.

Previsões precisas da atividade solar são fundamentais, pois tempestades geomagnéticas desencadeadas pelas CMEs podem afetar redes elétricas e sinais de rádio e GPS, tirar satélites do lugar e representar um risco de radiação para pilotos de aviões e astronautas na órbita da Terra. 

O aviso prévio de eventos climáticos espaciais pode ajudar a implementar procedimentos de proteção para reduzir os riscos.

Nem todas as interferências das CMEs na magnetosfera são destrutivas, no entanto, e uma perturbação em particular dá origem a um espetáculo impressionante – as auroras. O fenômeno é desencadeado por partículas energéticas que reagem com os átomos de oxigênio e nitrogênio presentes na atmosfera da Terra, sendo redirecionadas para os polos norte (aurora boreal) e sul (aurora austral). Com a proximidade do máximo solar, elas tendem a ser mais frequentes e podem aparecer até em latitudes mais baixas.