Um novo estudo sugere que a extinção dos dinossauros está relacionada a uma poeira fina que bloqueou a luz solar após a queda do asteroide na Terra. Com isso, o processo de fotossíntese ficou comprometido e impactou drasticamente a cadeia alimentar do planeta.

A hipótese não é nova. Em 1980, a teoria foi proposta pelos geólogos que estudaram o impacto do asteroide na terra, como relatou o Science Alert. Nos anos 2000, cientistas derrubaram essa suposição afirmando que as amostras de rocha do impacto não continham poeira fina suficiente para causar um “inverno global”.

Porém, os estudos dessa época estavam baseados em sedimentos do período Cretáceo-Paleógeno.

Na pesquisa divulgada recentemente na revista Nature Geoscience foram analisadas 40 amostras de sedimentos encontrados no depósito de Tanis, Dakota do Norte, a cerca de três mil quilômetros da cratera Chicxulub, local de queda do asteroide responsável por extinguir os dinossauros.

A região proporcionou informações de como as nuvens de poeira, fuligem e partículas se espalham nos anos posteriores ao impacto.

Amostras rochas
Os depósitos geológicos em Tanis, Dakota do Norte, tinham altos níveis de poeira fina. (Imagem: Nature Geoscience)

O “fim do mundo”

Descobrimos que a escuridão global e a perda prolongada da atividade fotossintética do planeta ocorrem apenas no cenário da poeira de silicato, até 620 dias após o impacto.

Isto constitui um prazo suficientemente longo para representar graves desafios tanto para os habitats terrestres quanto marinhos.

Estudo “Chicxulub impacta o inverno sustentado por poeira fina de silicato”.