A Apple é a empresa mais valiosa do mundo, mas pode estar com essa posição ameaçada. Nos últimos meses, a empresa de Cupertino registrou queda nas ações, perdeu valor e sofreu com sanções e com a concorrência na China, um de seus principais mercados — e ainda pode ter mais reveses com o recente lançamento do iPhone 15 e o julgamento do Google.

O próximo relatório trimestral da big tech deve ser divulgado na tarde da próxima quinta-feira e pode indicar o futuro da companhia.

Valor de mercado e ações da Apple

Apple
(Imagem: Divulgação/ Apple)

Apple vs. China

Um dos principais desafios da Apple atualmente fica na China. O país proibiu o uso de iPhones e outros dispositivos da marca por parte de funcionários do governo por preocupações de privacidade e segurança, ampliando a divisão entre EUA e China.

O CEO da big tech, Tim Cook, chegou a viajar ao país e, inclusive, se reuniu com autoridades do governo chinês, que estimularam o desenvolvimento da Apple por lá. No entanto, pouco tempo depois, a Foxconn, principal parceira industrial da empresa na China, virou alvo de investigações fiscais e de uso de solo.

Outro revés é o retorno da Huawei no setor dos smartphones. A antiga rival lançou o modelo Mate 60 Pro que superou o iPhone 15 por lá. De acordo com uma pesquisa recente da Counterpoint, a empresa chinesa ganhou quase 4 pontos de participação no mercado em setembro, enquanto a Apple perdeu um ponto.

A pesquisa ainda revelou que “o volume de vendas de lançamento do iPhone 15 foi inferior ao do iPhone 14″.

iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 15 pode não salvar a Apple na China (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

iPhone 15, envolvimento com o Google e próximo relatório trimestral

O próximo relatório trimestral pode mudar esse cenário, caso a Apple volte a subir nos números. O período corresponde a apenas uma semana do lançamento do iPhone 15 (os números completos devem aparecer no próximo relatório, no período que vai até dezembro), mas já pode indicar o desempenho do smartphone no mercado.

Segundo o WSJ, a esperança é que a receita do celular aumente ano após ano e impulsione a empresa, mas nem isso resolverá os desafios na China.

Além disso, a companhia é grande parceira do Google, que atualmente está em um julgamento antitruste acusada de ter práticas anticompetitivas para assegurar sua posição. A big tech teria pago US$ 18 bilhões para ser o buscador padrão da Apple e, se for condenado, esse cenário pode mudar.