O Ministério da Saúde está analisando a inclusão do exame periódico de tomografia de pulmão no calendário do SUS. Segundo o g1, o objetivo é prevenir e detectar precocemente o câncer de pulmão, tipo que mais mata no mundo entre os homens e o segundo entre as mulheres. O exame pode se tornar ferramenta importante no combate a essa doença.
O câncer de pulmão está diretamente relacionado ao tabagismo. O cigarro é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer. Por isso, sociedades médicas estão, pela primeira vez, recomendando um exame periódico de tomografia para rastrear a presença da doença. Esse tipo de exame é capaz de detectar pequenos nódulos no pulmão, o que facilita o diagnóstico precoce.
Exame periódico pode salvar vidas
A tomografia de tórax de baixa dosagem feita nesses pacientes vai permitir que encontremos lesões ou suspeitas de câncer de pulmão iniciais. Esse é o grande objetivo. Tentamos diminuir ao máximo possível a radiação para não termos problemas relacionados à radiação no futuro.
Daniel Bonomi, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, em entrevista ao g1
A detecção precoce do câncer de pulmão é fundamental para o sucesso do tratamento e a sobrevida dos pacientes.
O Ministério da Saúde reforçou a importância desse diagnóstico precoce e da garantia de tratamento a todos os pacientes. A pasta também declarou que o diagnóstico preventivo de câncer de pulmão é possível via investigação de sintomas, como:
Ainda, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) também está discutindo a inclusão do exame de tomografia no combate ao câncer, pois estima 32 mil novos casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão.
Nosso papel como sociedade civil e como grupo de especialistas é apoiar toda essa estratégia do ministério na composição de evidências e de estudos de viabilidade para que, isso, lá na frente, se traduza em benefício para nossos pacientes.
Gustavo Prado, coordenador da Comissão de Câncer da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, em entrevista ao g1
Um exemplo de como a detecção precoce pode fazer a diferença na vida dos pacientes é a história da aposentada Regina Coelho, 68 anos. “É assustador, porque a gente nunca acha que isso vai acontecer com a gente”, contou ao g1. Após descobrir nódulo no pulmão, ela passou pelo tratamento e agora deseja aproveitar a vida ao máximo.
“Eu quero mais é poder viver melhor, curtir o neto, poder usufruir dessa possibilidade de saúde que estou me dando”, completou.
A inclusão do exame de tomografia no SUS pode permitir que mais casos como o dela sejam descobertos e tratados de forma eficiente.
Fonte: Olhar Digital
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