O mais recente Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz nesta segunda-feira (30), revela um aumento nos casos de Covid-19 em adultos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Por outro lado, o Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro apresentaram interrupção na alta de infecções registrada nos últimos levantamentos.

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Boletim InfoGripe

subvariantes Ômicron
Covid-19 (Imagem: shutterstock/Fit Ztudio)

São Paulo apresenta o cenário de alta da Covid-19 mais preocupante

De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, o crescimento dos casos em São Paulo é preocupante pelo ritmo mais acentuado que nos demais estados. No entanto, em termos de volume, as infecções semanais ainda se mantém abaixo do pico do primeiro semestre e apresentando um ritmo mais lento.

No cenário nacional, foi constatada a estabilidade ou oscilação nos casos de SRAG em crianças e adolescentes. Na população adulta, principalmente a partir de 65 anos, houve a manutenção de lento aumento. O crescimento dos casos de SRAG nessa faixa etária é reflexo do aumento dos casos positivos para Covid-19, a partir do mês de setembro, especialmente no Sudeste, Sul e Centro-Oeste. 

Felizmente, o volume e o ritmo de crescimento de internações por Covid-19 tem sido menor do que em momentos anteriores; mas é importante lembrar que isso se deve principalmente à vacinação. Portanto, é fundamental que a população esteja em dia com as recomendações atuais, de acordo com sua faixa etária e condição de saúde. A bivalente já está disponível para toda a população a partir dos 12 anos de idade, por exemplo. A vacina continua sendo nossa principal ferramenta para manter o risco de internação relativamente baixo.

Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe

Entre as capitais, seis registram aumento de casos de Covid-19: Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC) e São Paulo (SP).

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,7% para influenza A; 0,4% para influenza B; 8,3% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 58,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,1% para influenza A; 0% para influenza B; 0,5% para VSR; e 81,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19).