Novembro chega trazendo uma variedade de eventos imperdíveis no céu. Chuvas de meteoros, planetas na oposição, novo voo comercial da Virgin Galactic e (se tudo der certo) o segundo lançamento do megafoguete Starship são alguns dos destaques do calendário astronômico deste mês.
É preciso salientar que todas as datas e horários informados têm como referência um observador baseado em Brasília (DF) e podem ser ligeiramente diferentes de acordo com cada localidade.
Calendário astronômico de novembro
2 de novembro: A Virgin Galactic lança sua quinta missão suborbital comercial, com três passageiros a bordo do avião espacial VSS Unity: dois cientistas e um turista. Saiba mais aqui.
3 de novembro: Em geral, a melhor época do ano para se observar um planeta é durante sua oposição – quando ele está do lado oposto do Sol em relação à Terra (que fica entre os dois corpos celestes). Isso vai acontecer com Júpiter na sexta-feira (3). Se em condições normais, o gigante gasoso já é um dos maiores destaques do céu noturno, a visão neste dia tem tudo para ser ainda mais espetacular.
4 de novembro: Fim do movimento retrógrado de Saturno. Neste dia, o planeta dos anéis começa um processo pelo qual seu curso para o oeste através do céu noturno é interrompido, e o astro retoma sua trajetória normal para leste.
5 de novembro: Pico da chuva de meteoros Táuridas do Sul (5 e 6). Esta é uma chuva de longa duração (ativa por dois meses), que atinge vários picos durante seu período de atividade, que acontece quando a Terra passa pela nuvem de detritos do cometa 2P/Encke. Mesmo em atividade máxima, no entanto, raramente produz mais que cinco meteoros por hora. Embora seja mais visível no Hemisfério Norte do planeta, observadores localizados em qualquer ponto do Brasil também podem conseguir testemunhar alguns desses rastros de luz.
Também neste dia, acontece o lançamento da missão SpaceX CRS-29, que como o próprio nome sugere, será o 29º voo de carga da empresa em direção à Estação Espacial Internacional (ISS) sob contrato com a NASA. Entre as cargas úteis da missão, estará um sistema de comunicação a laser da agência.
11 de novembro: Pico da chuva de meteoros Táuridas do Norte (11 e 12). Assim como a Táuridas do Sul, esta também é uma chuva gerada pelo cometa 2P Enke. Como os fragmentos deste objeto já sofreram diversos desvios, foram formadas o que os astrônomos chamam de “trilhas distintas”, que são várias ramificações das trajetórias principais dos detritos. As chuvas Táuridas do Sul e do Norte são apenas duas delas, ocorrendo outras durante o ano. Esta também é uma chuva de meteoros mais visível no Hemisfério Norte do planeta, mas que pode ser observada de qualquer localidade do Brasil, ainda que com taxas de ocorrência mínimas.
13 de novembro: Urano na oposição. Como é um mundo muito distante da Terra (o penúltimo do Sistema Solar), mesmo quando está em seu ponto mais próximo do nosso planeta (que é o caso durante a oposição), sem o auxílio de um telescópio não é possível distingui-lo de um ponto de luz semelhante a uma estrela.
17 de novembro: Ativa de 6/11 a 2/12 no mundo todo (mais no hemisfério norte), a chuva de meteoros Leônidas atinge o pico de atividade entre os dias 17 e 18 de novembro, quando o objeto pai – o cometa 55P/Tempel-Tuttle – está perto do periélio (mais próximo do Sol). Previsão máxima de meteoros por hora: 10.
Ainda este mês, a SpaceX está planejando lançar o segundo voo de teste do foguete Starship, após a tentativa frustrada que terminou em explosão em abril. Tudo depende da aprovação da licença de lançamento da Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA, que recomendou uma série de adaptações e correções à empresa. Como todos apontamentos já foram atendidos, segundo Elon Musk, dono da empresa, a liberação é aguardada com ansiedade para este mês.
Fonte: Olhar Digital
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