Na segunda-feira (30), a NASA divulgou os dados coletados pela primeira órbita científica de 21 dias do satélite SWOT (sigla em inglês para Topografia de Águas Superficiais e Oceanos). A missão é uma parceria entre as agências espaciais dos EUA e da França.

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Diferenças no nível global do mar

Um vídeo publicado pela NASA no YouTube mostra que a superfície dos oceanos em todo mundo apresenta anomalias. Os pontos em laranja e vermelho representam as áreas onde o nível da água está mais alto, e os azuis, onde está abaixo da média. 

Mapa construído a partir de dados coletados pelo satélite SWTO

Essas diferenças podem ser explicadas pelas correntes marítimas, como a do Golfo, que sai da costa leste dos EUA em direção ao Atlântico Norte, e a corrente Kuroshio, que parte da costa do Japão. As anomalias também representam regiões mais quentes, como a porção Oriental do Pacífico Equatorial durante a passagem do El Niño. O fenômeno aquece a água nessa região, fazendo com que ela se expanda e fique mais alta.

Segundo o comunicado da NASA, os dados foram coletados com o sensor Ka-band Radar Interferometer (KaRIn), que possui duas antenas distantes 10 metros uma da outra. Juntas, elas produzem um par de faixas de dados enquanto o satélite orbita a Terra, refletindo pulsos de radar na superfície da água para coletar medições de altura.

Os detalhes que a SWOT está enviando sobre o nível do mar em todo o mundo são incríveis. Os dados irão promover a investigação sobre os efeitos das alterações climáticas e auxiliar as comunidades em todo o mundo a prepararem-se melhor para um mundo em aquecimento.

Parag Vaze, gerente do projeto SWOT, em comunicado da NASA.