Um grupo de pesquisadores apontou em um novo estudo que gigantes gasosos do tamanho de Júpiter, ou maiores, poderiam criar um estrago em sistemas estelares, acabando com a possibilidade de vida neles. A pesquisa pode auxiliar na busca por planetas habitáveis, indicando quais sistemas planetários provavelmente não abrigam vida.
O estudo foi publicado no The Astronomical Journale avaliou a habitabilidade em torno de uma estrela chamada HD 141399. A estrela da sequência principal do tipo K possui quatro planetas gigantes a orbitando, transformando o sistema em um cenário de filme de terror.
Apesar dos gigantes estarem relativamente longes da área onde poderia existir vida, a presença deles seria uma ameaça para mundos do tamanho da Terra na zona habitável da estrela. A gravidade desses planetas com massa semelhante a Júpiter poderia facilmente tirar outros objetos de suas órbitas circulares originais.
Em simulações de computador usadas pelos pesquisadores, foram encontradas poucas áreas no sistema HD 141399 onde os gigantes gasosos não tirariam um planeta rochoso de sua órbita habitável. Ou seja, eles são como os valentões da escola, intimidando as crianças menores.
Por sorte, a Terra não precisa se preocupar com isso. Na verdade, Júpiter é como um protetor para nós, desviando cometas e asteroides da nossa rota de colisão. Mas se o gigante gasoso estivesse mais próximo, na nossa zona habitável, o Sistema Solar seria muito diferente.
Gigante gasoso na zona habitável
Em outro estudo, publicado também no The Astronomical Journal, o sistema planetário da estrela GJ 357 foi analisado. Uma nova estimativa revelou que um planeta na zona habitável do sistema, chamado GJ 357 d, talvez seja 10 vezes mais massivo que a Terra, anteriormente pensava-se que ele tinha metade dessa massa.
Todo esse tamanho impediria facilmente que mundos do tamanho da Terra orbitassem com segurança a zona habitável, exceto se esses planetas menores tivessem órbitas muito elípticas, se aproximando e afastando da estrela. Ou seja, se a vida não for impedida nesse sistema estelar devido ao planeta gigante, seria pelo clima.
Por outras palavras, as órbitas produziriam climas malucos nesses planetas. Este artigo é realmente um aviso, quando encontramos planetas na zona habitável, para não assumirmos que são automaticamente capazes de acolher vida.
Stephen Kane, astrofísico envolvido nos dois estudos, em comunicado
Comparado com esses dois sistemas planetários, podemos agradecer por não existirem mais júpiteres no Sistema Solar, nem um gigante gasoso orbitando próximo a nós.
Fonte: Olhar Digital
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