O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, se reunirá com o chefe da indústria da UE, Thierry Breton, a chefe digital, Vera Jourova, e o chefe antitruste, Didier Reynders, na próxima semana para discutir o papel da rede social na proliferação da desinformação sobre a guerra Israel-Hamas, conforme relatou a Reuters.
Para quem tem pressa:
Além de apresentar os métodos da plataforma ante a enxurrada de informações sobre o conflito Israel-Hamas, o CEO deve também atualizar os chefões sobre o regime de segurança de dados do TikTok, chamado Projeto Clover, que começou a armazenar dados de usuários europeus localmente este ano.
A empresa, que possui um data center em Dublin, na Irlanda, está construindo mais dois no território e também na Noruega — planos que vieram justamente para acalmar as autoridades no que diz respeito à privacidade de dados dos cidadãos europeus.
A UE deu ao TikTok e à Meta até o dia 25 de outubro para responder ao pedido da Comissão Europeia, sob o risco de multa de até 6% do faturamento global delas em caso de violação das regras do bloco.
As medidas do TikTok contra a desinformação
A rede chinesa chegou a listar as medidas contra os conteúdos com tema Hamas-Israel, afirmando que suas ações incluíam o lançamento de um centro de comando e o aprimoramento de seus sistemas automatizados de detecção para remover conteúdo gráfico e violento.
Houve também a adição de mais moderadores que falam árabe e hebraico, além de aplicação da lei, conforme orientação de autoridades responsáveis. O aplicativo deve reforçar as medidas durante o encontro.
Importante destacar que a atenção da UE está sobre o TikTok já há algum tempo. Uma pesquisa realizada em 2022 mostrou que a plataforma estava se tornando a fonte de notícias com maior crescimento no Reino Unido. Dados indicaram que quase metade dos usuários se voltavam aos tiktokers ao invés de buscarem o conteúdo de organizações mais convencionais de notícias.
X também foi questionado
Notificando todas as principais redes sociais, a UE também enviou um pedido semelhante ao X, antigo Twitter, cobrando a empresa de Elon Musk sobre “a disseminação de conteúdo terrorista e violento e discurso de ódio”.
Vale lembrar que, após o movimento rígido da Europa, os EUA também questionaram não apenas a Meta, TikTok e X, mas o Google.
Segundo analistas, a guerra Israel-Hamas escancarou, mais uma vez, os desafios das empresas de tecnologia no sentido de minimizar a disseminação de conteúdo falso ou extremista. Em conflitos passados, as redes sociais foram fortemente criticadas por não agir contra a propagação desses conteúdos ou até mesmo por ser excessivamente zelosas, impedindo a circulação de informações verdadeiras.
Além do conteúdo relacionado à guerra entre Israel e Hamas, as autoridades europeias estão investigando a Meta e o TikTok em relação à preservação da integridade das eleições. Essas respostas precisam ser enviadas até 8 de novembro.
Fonte: Olhar Digital
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