“Mamonas Assassinas” era uma banda brasileira de rock que fazia sucesso no país no final da década de 90, mas que morreu tragicamente em um acidente de avião enquanto estava no auge da carreira. A seguir, confira mais informações sobre os integrantes e alguns detalhes sobre o acidente que vitimou o grupo.
Quem formava a banda Mamonas Assassinas?
Mamonas Assassinas era uma banda de rock brasileira que explodiu nas paradas de rádio no final da década de 90. Surgida em Guarulhos (município de São Paulo), os membros mesclavam rock e pop rock com alguns gêneros da música brasileira, e se destacavam em apresentações públicas por suas performances autênticas e excêntricas.
A banda surgiu em 1995 e ficou em atividade por poucos meses até 1996, gravando um único álbum de estúdio, cujo nome era o mesmo do grupo, e que arrecadou uma vendagem expressiva de três milhões de cópias a qual os rendeu um disco de diamante. Dentre as músicas mais famosas, destacam-se “Pelados em Santos” e “Vira Vira”.
O estilo de rock performado pelos membros era conhecido como “rock cômico”, uma vertente alternativa e antagônica do rock tradicional, a qual mistura o som do rock com piadas e sátiras. Os integrantes da banda eram Dinho (vocalista), Bento Hinoto (violão), Júlio Resec (tecladista), Samuel Reoli (baixista) e Sérgio Reoli (baterista).
Como ocorreu o acidente que matou a banda?
Após uma apresentação em Brasília, os cinco integrantes alugaram um jatinho particular para voltar a Guarulhos. Entre a madrugada do dia 2 para o dia 3, em março de 1996, a aeronave se chocou contra a Serra da Cantareira, em São Paulo. O acidente matou instantaneamente os membros da banda, o segurança Sérgio Saturnino, o técnico de apoio Isaac Souto, o piloto Jorge Luís Martini e o copiloto Alberto Yoshiumi Takeda.
Mortos na madrugada de um domingo, o acidente teve repercussão nacional e comoveu, por dias, os cidadãos brasileiros. Pela manhã do mesmo domingo, profissionais do corpo de polícia, do corpo de bombeiros, e diversas empresas jornalísticas já acompanhavam a situação de perto no local do acidente.
O enterro dos falecidos mobilizou centenas de fãs para a cerimônia fúnebre, que prestaram seus sentimentos aos artistas e produziram uma série de homenagens. Muitos ainda se dirigiram para o local do acidente, que continha inúmeras peças da aeronave, em busca de encontrar algum objeto que pertencesse aos integrantes.
Mas o que causou o acidente? Durante o trajeto até São Paulo, o piloto perdeu contato com a torre de comando, um órgão que presta serviços para guiar os comandantes entre as etapas de decolagem e pouso. Desta forma, quando a aeronave se aproxima de um local e os pilotos enfrentam problemas para pousar, como dificuldade para enxergar, a torre de comando os auxilia para resolver a situação.
Após perder o controle com a torre de comando, o piloto decidiu tomar as próprias decisões sobre como realizaria o pouso do jato. Durante a tentativa de pousar a aeronave, o piloto perdeu o controle e o jato se chocou contra a Serra da Cantareira, matando todos os que estavam a bordo.
Para além da perda de contato com a torre de comando, outros fatores colaboraram para diminuir a eficiência do piloto ao comandar o avião: a empresa a qual ele estava associado o forneceu o comando da aeronave enquanto ele ainda não estava, legalmente, apto para exercer tal função, porque era necessário um mínimo de 500 horas de voo com o modelo do jatinho e ele tinha apenas 170 horas; também é necessário informar que o comandante estava com uma sobrecarga de trabalho, o qual já contava com 14 horas seguidas de voo.
Soma-se a estes detalhes o fato de que o avião detinha uma velocidade inapropriada durante o momento do pouso, sofreu uma arremetida incorreta ocasionada por condições visuais, e até ausência de sistemas de detecção de proximidade com o solo. Todas estas condições influenciaram diretamente na tragédia que levou à morte todos que estavam a bordo.
Fonte: Olhar Digital
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