A cerveja é uma bebida universal e seu sabor pode variar dependendo da marca e dos ingredientes usados na produção. O lúpulo e a levedura, por exemplo, são dois dos componentes que modificam esse gosto. Uma empresa nos Estados Unidos revelou que quer melhorar o sabor da cerveja tradicional, mas, para isso, vai usar um método controverso: ingredientes geneticamente modificados (ou transgênicos, como o conhecemos).
Mudança no sabor da cerveja
Desafios internacionais
A iniciativa da empresa, no entanto, é controversa. Nos Estados Unidos, as leis envolvendo alimentos transgênicos são mais flexíveis do que em outros países, mas complica a vida da Berkeley Yeast na hora de exportar seus produtos.
O Reino Unido, por exemplo, só autoriza a comercialização de alimentos geneticamente modificados se eles forem considerados “sem risco para a saúde, não enganando os consumidores e não tendo menos valor nutricional do que os seus homólogos não geneticamente modificados”. Além disso, eles devem ser rotulados corretamente, explicitando essa característica.
Já o Brasil é o segundo maior produtos de alimentos transgênicos do mundo, perdendo apenas para os EUA.
Controvérsias na indústria da cerveja
De acordo com Ian Godwin, professor de ciência agrícola e diretor da Aliança de Queensland para Agricultura e Inovação Alimentar, os fabricantes das cervejas transgênicas raramente divulgam esse aspecto pela imagem negativa da tecnologia. Alguns temem a associação a casos ruins da indústria, como a Monsanto, empresa conhecida por seus produtos geneticamente modificados que faziam mal à saúde e ao meio ambiente.
Não há um consenso na indústria, com algumas cervejarias sendo a favor das possibilidades oferecidas pela tecnologia e outras, contra.
A Carlsberg, uma das maiores cervejarias do mundo, por exemplo, criou uma política anti-transgênico na hora de desenvolver e selecionar seus ingredientes. No lugar, ela cultiva naturalmente, melhorando as condições de produção e usando isso como propaganda oposta.
Fonte: Olhar Digital
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