A polícia do Nepal elevou, neste sábado,4, para 157 o número de mortos no terremoto de magnitude 6,4 na escala Richter que atingiu duas regiões remotas, deixando mais de 150 feridos, no sismo mais mortal registrado no país desde 2015, quando quase 9 mil pessoas morreram. No distrito de Jajarkot, epicentro de um terremoto ocorrido durante a madrugada, ao menos 105 pessoas morreram e 81 ficaram feridas, disse à Agência EFE o porta-voz da polícia nepalesa, Kuber Kadayat. Outras 52 pessoas faleceram no vizinho distrito de West Rukum, onde 85 pessoas também ficaram feridas, disse a fonte. O número total de feridos é de 166, segundo a polícia nepalesa, embora anteriormente o porta-voz do Exército, Krishna Prasad Bhandari, tenha colocado este número em ao menos 185 em declarações à EFE.
Jajarkot foi palco de um terremoto de magnitude 6,4 ontem à noite, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Pesquisa de Terremotos do Nepal. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) reduziu este número para 5,6. As duas regiões afetadas do país se caracterizam pela sua natureza montanhosa e pelo difícil acesso rodoviário, o que complicou os esforços de resgate. O subinspetor da Delegacia de Polícia de Jajarkot, Narendra Gautam, disse à EFE que em muitas das áreas afetadas não há rede de telefonia móvel nem eletricidade. Kadayat afirmou que as equipes de busca obtiveram acesso à maioria das áreas afetadas pelo terremoto e especificou que as operações continuarão no domingo, 5.
Por sua vez, o Exército nepalês mobilizou cinco helicópteros e um avião, retirando até agora cerca de 40 feridos em ambos os distritos para a cidade de Nepalgunj e Katmandu, segundo Bhandari. O Nepal está entre os países mais propensos a desastres naturais e tem uma população muito vulnerável, de maioria pobre, além de não ter infraestruturas suficientes para lidar com inundações ou terremotos. Um sismólogo do Departamento de Geologia do governo, Mukund Bhattarai, disse à EFE que o elevado número de vítimas em Jajarkot e West Rukum se deve à estrutura das casas da região. “Muitas das casas nestas zonas são construídas com barro e pedra e são edificadas em terrenos íngremes”, disse, comparando o terremoto de ontem com outros semelhantes em outros distritos onde as estruturas são mais resistentes. Soma-se a isso o horário em que ocorreu o terremoto, por volta da meia-noite. “Eles não tiveram tempo de correr”, lamentou.
*Com informações da agência EFE
Fonte: Jovem Pan News
Comentários