A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) adiou a missão DESTINY+ para 2025, devido a problemas no desenvolvimento do foguete que realizaria o lançamento. A missão tem como destino o asteroide 3200 Phaethon e estava programada para acontecer em 2024.
A DESTINY+, um acrônimo para Demonstração e Experimentação de Tecnologia Espacial para Viagem Interplanetária, Voo Phaethon e Ciência da Poeira, será lançada a borda do Epsilon S. O foguete é um sucessor do veículo japonês de combustível sólido, Epsilon. O problema é que os testes realizados em julho, resultaram na explosão do motor, acarretando o adiamento da missão.
A espaçonave da DESTINY+ será lançada a partir do Centro Espacial Uchinoura (USC) e pesa cerca de 480 quilos. Depois que chegar na órbita da Terra, ela iniciará em uma trajetória elíptica até se separar do veículo de lançamento e ligar seus quatro motores iônicos para impulsionar sua jornada pelo espaço. Além disso, ela também usará o movimento lunar para acelerá-la e painéis solares leves de película fina.
Objetivos da missão DESTINY+
Quando chegar a 3200 Phaethon, a DESTINY+ usará câmeras telescópicas e multibanda para investigar a sua superfície. O sobrevoo acontecerá a uma distância de 500 quilômetros do asteroide e uma velocidade relativa de cerca de 119 mil quilômetros por hora. Os planos iniciais eram para que essa aproximação acontecesse em 2029, mas com a mudança no lançamento a JAXA ainda não divulgou uma nova data.
Além de realizar observações do satélite, a missão também fará análises in-situ da poeira interplanetária e interestelar usando um analisador de poeira. O instrumento foi desenvolvido pela Universidade de Stuttgart e apoiado pela agência espacial alemã Deutsches Zentrum für Luft- und Raumfahrt (DLR), tendo como objetivo avaliar se a poeira e os compostos orgânicos associados que chegam a Terra, desempenharam um papel na criação de vida do planeta.
A JAXA pretende que a missão demonstre tecnologias, como seus painéis solares e a propulsão de íons elétrons, que podem representar o futuro da exploração espacial de baixo custo e alta frequência.
Fonte: Olhar Digital
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