Um artigo aceito para publicação pelo periódico científico The Planetary Science Journal, disponível no repositório de pré-impressãoarXiv, traz a mais recente atualização do catálogo de candidatos a exoplanetas Kepler. Entre os achados, está uma estrela sendo orbitada por sete possíveis mundos alienígenas – que podem até ser ouvidos.
Sobre o catálogo Kepler:
No centro desse sistema, está a estrela Kepler-385, que é cerca de 10% maior e 5% mais quente que o Sol. Segundo os cientistas, sete corpos planetários giram em torno dela muito mais de perto do que Vênus orbita o Sol, recebendo, assim, muito mais luz.
Com um raio ligeiramente maior do que o da Terra, os dois primeiros exoplanetas dão a volta completa na estrela durante 10 e 15 dias, respectivamente, sendo provavelmente rochosos. Se eles têm uma atmosfera, ela deve ser bem fina.
Já os outros cinco, são objetos maiores, mas não a ponto de serem considerados gigantes. Tudo indica que sejam super-Terras, com o dobro do raio do nosso planeta, envoltas em uma atmosfera espessa.
Todos os sete candidatos a planetas estão bem dentro do limite interno da zona habitável – mas são quentes demais para sustentar a vida como a conhecemos.
Sonificação dos planetas do sistema Kepler-385
Entre as propriedades interessantes observadas pelos astrônomos está o fato de que os dois mundos mais internos e os três mais externos estão em ressonância, e seus períodos de rotação são sincronizados, o que foi traduzido em uma impressionante sonificação.
O catálogo de candidatos a planetas descobertos pela missão Kepler é a maior e mais consistente lista de exoplanetas já produzida, de acordo com Jack Lissauer, pesquisador do Centro de Pesquisa Ames, da NASA, no Vale do Silício, e principal autor do artigo que atualiza o catálogo.
“Reunimos a lista mais precisa de candidatos a planetas Kepler e suas propriedades até o momento”, disse ele em um comunicado, adicionando que esta revisão permitirá que os astrônomos aprendam mais sobre as características desses objetos.
Análises complementares vão confirmar ou não a natureza planetária dos corpos descobertos no sistema Kepler-385.
Fonte: Olhar Digital
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