A Via Láctea, galáxia onde o planeta Terra fica, está com os dias contados. Mas muitas gerações virão e irão antes da catástrofe cósmica chegar. Isso porque esse fim – uma colisão entre nossa galáxia e Andrômeda – deve demorar entre quatro e cinco bilhões de anos para se concretizar. No entanto, já dá para ter uma noção de como vai ser.

Para quem tem pressa:

É que existe um vídeo, publicado pela NASA, que simula a colisão entre a Via Láctea e Andrômeda – a galáxia mais próxima de nós, que se aproxima a 110 quilômetros por segundo. A simulação foi feita a partir de dados obtidos pelo telescópio espacial Hubble. Veja abaixo:

Colisão entre Andrômeda e a Via Láctea

A descoberta de que nossa galáxia se colidiria com Andrômeda aconteceu em 2012, quando astrônomos da NASA utilizaram dados do Telescópio Hubble e observaram a movimentação da galáxia vizinha à nossa.

Em 2020, houve uma nova descoberta: a fusão das galáxias já pode até estar acontecendo. Pelo menos, é o que mostram as pesquisas realizadas em cima de dados do Hubble. Na época, a informação foi publicada pela revista Science.

Foi observado pelos cientistas que uma espécie de anel gasoso que cobre a galáxia, o “halo”, está dando início a essa fusão. No entanto, as estruturas que estão em contato se estendem por milhões de anos-luz em volta da parte central onde fica o conglomerado de estrelas.

Estrelas, planetas e galáxias espalhados pelo firmamento
(Imagem: Nasa/ESA)

Muito se especula sobre como irão ficar as estrelas, o Sistema Solar e até mesmo a vida humana após a colisão. Entenda cada um desses pontos a seguir:

Não haverá colisão entre as estrelas

Ao invés das galáxias colidirem de fato, elas vão passar por um processo de fusão, no qual quando estiver em uma etapa mais avançada, haverá a formação de uma galáxia única elíptica gigante com novas estrelas se formando. Sendo assim, não haverá um impacto entre os corpos celestes das duas galáxias.

No entanto, o que poderá acontecer é a perda de estrelas, pois muitas delas serão jogadas para o vazio do Universo.

O Sistema Solar sofrerá impactos

Os estudos da ciência apontam que, apesar do Sistema Solar sofrer impactos, provavelmente ele não será destruído, pois há grandes espaços entre as estrelas.

Entretanto, estudiosos apontam que um dos impactos sofridos pelo sistema é o deslocamento para uma região isolada da Via Láctea ou até mesmo uma mudança para o espaço da galáxia de Andrômeda.

E a vida humana, como ficará?

Como estamos falando de bilhões de anos para que as galáxias colidam, não vão mais existir humanos, pois a vida será impossível na Terra. É que teorias apontam que o Sol vai aumentar a luminosidade e fazer com que os oceanos evaporem.

O fenômeno do buraco negro

Tanto Andrômeda quanto a Via Láctea possuem um buraco negro. E, no processo de encontro entre as galáxias, eles vão colidir um com o outro. Assim, poderão capturar gás, que vai girar de forma rápida e se aquecer em centenas de milhares de graus. Isso vai fazer com que ocorra um brilho intenso e seja liberada energia. Então, poderá ser formado um ou até dois quasares no centro da fusão das galáxias.

Uma das possibilidades é que todo o Sistema Solar vá para perto de um dos buracos e, assim, a Terra e Sol podem ser pegos e consequentemente destruídos pelo buraco negro ou até mesmo serem jogados para fora da galáxia por conta de uma transferência de energia orbital. Também há a possibilidade deles ficarem perto de um quasar e receberem radiação intensa de raios-x e ultravioleta.