A Grande Muralha da China foi construída há alguns séculos para defender o território da invasão dos povos nômades do norte. Atualmente, a região já não precisa mais se preocupar com isso, mas outro inimigo pode ser combatido com recurso semelhante: paredões podem se fazer necessários para proteger o país do aumento do nível do mar.
Resumo:
O principal problema é que a costa da China é o lar de milhões de pessoas, distribuídas em grandes centros urbanos, como Xangai, Shenzhen, Guangzhou, Dongguan e Hong Kong. Alguns desses locais já estão trabalhando em medidas para evitar futuros prejuízos, como a construção de sistemas de drenagem aprimorados, zonas úmidas artificiais e armazenamento subterrâneo.
Além disso, alguns cientistas acreditam que um sistema de barreira retrátil poderia ser construído na foz do rio Huangpu para proteger Xangai. Outra solução seria construir uma grande muralha no mar.
O governo chines já fez isso durante a Segunda Guerra Mundial, e agora está atualizando o sistema para se adequar à subida do nível do mar, construindo uma rede de diques com 430 quilômetros de extensão, segundo o The Economist.
Não é só a China que pretende erguer uma muralha no mar
Outros países da Ásia também já estão erguendo grandes muralhas no oceano para evitar que o aumento do nível do mar assole as regiões costeiras. A Indonésia, por exemplo, desde 2014, vem construindo o Muro Marítimo Gigante de Jacarta, na capital do país. O projeto consiste em um muro gigante de 46 quilômetros, sistemas de drenagem e o aterramento de áreas inundadas, que devem proteger a cidade até 2030.
Em Jacarta, o aumento do nível do mar é tão grave que se acredita que até 2050 um terço da cidade deverá estar submerso, a ponto de o governo querer trocar a capital para Kalimantan, uma cidade que está sendo construída na ilha de Bornéu.
A inundação das cidades costeiras é um problema que muitas partes do mundo enfrentará nas próximas décadas, e a construção de uma grande muralha e outros megaprojetos de engenharia colossais se tornarão mais frequentes no futuro.
Fonte: Olhar Digital
Comentários